“Iremos atingir o objectivo. Agora, todos os produtores estão a vender, ao contrário do ano passado”, afirmou o secretário permanente das Minas, Pfungwa Kunaka, na reunião ordinária da Associação dos Produtores Africanos de Diamantes (ADPA, na sigla em inglês) realizada, a semana passada, em Victoria Falls, Zâmbia.
Este encontro serviu para se discutirem assuntos pertinentes face à produção e comercialização de diamantes, assim como estratégias que assegurem que os países membros africanos abordem questões a partir de uma posição informada no mundo internacional dos diamantes.
Segundo o secretário, “o desempenho da produção melhorou significativamente”.
O Zimbabué lançou um plano ambicioso em Outubro de 2019, para transformar o sector mineiro numa indústria de exportação de 12 mil milhões de dólares até ao final de 2023.
Este plano declara a mineração como um pilar fundamental para o crescimento económico sustentável.
A concretização desse objectivo representaria um salto de 275% em relação aos 3,2 mil milhões de dólares realizados através da exportação de produtos mineiros em 2018.
A extracção e polimento de diamantes foi fixada em mil milhões de dólares, o que equivale ao objectivo combinado de cromo, níquel e aço. O carvão, os hidrocarbonetos, o lítio e outros minerais foram planeados para contribuir com os restantes 3 mil milhões de dólares. Para o ouro há um objectivo de receitas de 4 mil milhões de dólares.
Todavia, os desenvolvimentos surgem numa altura em que o país está a rever o Projecto de Lei de Alteração de Minas e Minerais, que está actualmente no Parlamento e tem sido criticado por não incluir cláusulas que irão efectivamente regular as actividades mineiras.
A legislação de 1961 está a ser revista porque não tem disposições para lidar com disputas sobre títulos mineiros, corrupção no sector mineiro, degradação ambiental, violações dos direitos humanos e fugas de receitas no sector.
Em 2018, o Presidente Emmerson Mnangagwa enviou de volta ao parlamento o Projecto de Emenda às Minas e Minerais, dizendo que ainda existiam áreas que precisavam de ser abordadas antes de o poder assinar em lei.
Fontes: Rough & Polished, newsday.co.zw