Edward Asscher, David Gotlib e Ari Epstein na abertura da AGM do World Diamond Council (Imagem: AWDC)
A relação entre as duas entidades é de extrema importância para o sector diamantífero. O WDC, nos seus 22 anos de existência, agrega mais de quatro dezenas de entidades de todas as áreas da indústria, representando-a no Kimberley Process (KP).
O AWDC, por seu turno, é o regulador belga para tudo o que se relaciona com os diamantes. Tem uma história e uma experiência de 575 anos, justamente reconhecida em todo o mundo pela fiabilidade das suas práticas.
A Assembleia Geral do WDC deu, essencialmente, testemunho das suas actividades e do seu foco na melhoria dos seus processos de vigilância para a protecção global da indústria.
A palavra de ordem é a transparência e a credibilidade junto dos consumidores finais, que são cada vez mais exigentes quanto à origem dos diamantes, certificação e pegada ecológica dos seus processos.
Exigência e controlo
David Gotlib, Presidente do AWDC, abriu a sessão, seguido por Edahn Golan, analista, com uma apresentação sobre as últimas tendências do mercado diamantífero, em que incluiu também uma análise sobre o percurso e expectativas futuras dos diamantes criados em laboratório.
Algumas empresas ligadas aos diamantes naturais têm aproveitado a procura criada pelo aparecimento dos sintéticos para os vender em colecções especialmente criadas com essas pedras. A razão para essa aposta parece ser mais a de aproveitar o interesse de novos consumidores por jóias menos dispendiosas com o nome de grandes marcas.
Edward Asscher, Presidente do WDC, falou do percurso feito desde 2000, da sua participação no último Plenário do Processo Kimberley, no início de Novembro, e da dificuldade de obter a unanimidade dos participantes na reformulação original do âmbito do controlo da origem e classificação dos diamantes, em Gaborone, Botsuana.
Asscher frisou igualmente que a neutralidade é essencial para o WDC e que as discussões do Plenário do KP foram difíceis mas, no final, aceites por todas as partes.
“O valor dos diamantes apoia-se na confiança do consumidor”, observou o Presidente do WDC. E garantiu que o ciclo de revisão e reforma do KP vai começar em 2023.
As mulheres do WDC
A AGM contou com a participação de Feriel Zerouki, executiva da De Beers e actual Vice-Presidente do WDC, conhecida pelo seu desempenho no campo das práticas responsáveis de mercado, que sucederá ainda este ano a Asscher, segundo comunicado da organização.
Elodie Daguzan, directora executiva do WDC, fez um resumo das actividades do último ano no desenvolvimento da certificação SoW, comunicou a entrada de seis novos membros que compensam de alguma forma a saída voluntária da Alrosa após o início do conflito na Ucrânia e apelou à participação de mais empresas da indústria.
Daguzan espera igualmente que mais mulheres ocupem posições de destaque na indústria, contribuindo para a política de igualdade que é hoje encarada como uma questão de boas práticas.
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