Sanções aplicadas à Rússia continuam a afetar os vários órgãos da indústria diamantífera

O Natural Diamond Council (NDC) está muito perto de entrar em crise devido às recentes sanções que têm sido aplicadas à empresa russa, Alrosa.

O presidente do NDC, David Kellie, anunciou hoje que estão perto de enfrentar um enorme corte no orçamento para 2023, afirmando que “foram os mais afetados pelas sanções aplicadas contra diamantes russos, uma vez que a Alrosa representava metade do nosso financiamento”.

David Kellie apelou à indústria diamantífera para intervir e ajudar o NDC a compensar a perda financeira gerada pela falta de financiamento por parte da Alrosa, o presidente disse que quer que as pessoas entendam que estão a enfrentar um défice financeiro e “cabe à indústria decidir se quer que o NDC continue a ter sucesso ou não.”

Como resultado da invasão da Rússia à Ucrânia, a Alrosa suspendeu toda a sua participação no NDC em março, onde desde logo deixou bem claro que iria deixar de contribuir financeiramente para o conselho.

Em 2022 os contributos da Alrosa representaram 45% do financiamento total do NDC, o que deixa David Kellie com um desafio em mão, de como irá substituir esse valor em 2023, uma vez que a empresa russa já não vai ajudar financeiramente o conselho, este afirmou que “é urgente resolver esta situação até outubro para ter visibilidade de qual será a estratégia para o próximo ano”.

No seu terceiro ano como presidente do NDC, David Kellie apela aos vários membros da indústria diamantífera, principalmente aqueles que se focam em diamantes naturais, que ajudem o conselho, uma vez que está em crescimento e segundo o presidente, as empresas podem aproveitar essa boa fase para crescerem juntos.

Neste momento o que o presidente do NDC pede à indústria é que tomem a iniciativa e protejam os direitos daqueles que procuram adquirir ou negociar diamantes naturais.

David Kellie finalizou a sua intervenção afirmando que na sua opinião “neste momento o NDC tem metade do tamanho que pode vir a ter, só tem de se olhar para a indústria como um luxo e não uma comodidade”.