Sanções aos diamantes russos são prejudiciais na Índia

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A indústria de lapidação indiana está a ser afetada pelas restrições às exportações de diamantes russos por parte dos países do G7, de acordo com um relatório do Economic Times.

Após a reunião do G7 no Japão, um dos focos das sanções voltou a ser os diamantes russos da Alrosa, que já estão proibidos em algumas das nações.

Este embargo, segundo o jornal indiano, pode afetar quatro mil empresas em Surat, que é o centro de lapidação mundial e que emprega cerca de um milhão de pessoas ligadas ao sector.

Neste centro de lapidação, estima-se que cerca de 35% dos diamantes trabalhados são importados da Alrosa e que o volume trabalhado representa 30% da produção mundial.

Para o Presidente do Conselho de Promoção das Exportações de Gemas e Jóias, Vipul Shah, se as sanções continuarem vão haver consequências para os trabalhadores.

O objetivo destas sanções aos diamantes da Alrosa, que têm sido contestadas pela Bélgica, devido à importância que têm em Antuérpia, é atingir a economia russa e impedir formas de financiamento para a guerra contra a Ucrânia.

Numa declaração conjunta, o G7 afirmou que iria travar o comércio de diamantes russos, no valor de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, nomeadamente através da utilização de métodos de rastreio de alta tecnologia.

“Estamos a aguardar uma compreensão adequada da forma como as sanções serão executadas, uma vez que não há forma de rastrear a origem das pedras em bruto neste momento”, afirmou Vipul Shah.

Como consequência para o mercado indiano, a exportações de diamantes lapidados têm diminuído pois as empresas norte-americanas e europeias evitam comprar diamantes de origem russa.

Fonte: Rough & Polished

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