Uma busca online pode fornecer-lhe a informação de que necessita para encontrar um avaliador responsável, registado e autorizado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM). O site da instituição indica alguns nomes de profissionais habilitados para essas funções.
No entanto, nada nos impede de testar os diamantes em casa, com a ajuda de simples factos básicos sobre essas raras pedras preciosas. Não substitui o parecer de alguém verdadeiramente entendido, mas ajuda-nos a saber um pouco mais sobre o que temos em casa.
Assim, se quiser ter uma ideia do valor dos seus anéis, brincos, colares, pulseiras ou mesmo pedras soltas, pode seguir algumas sugestões simples.
Esses conhecimentos também podem ser muito úteis quando queremos adquirir uma jóia nova. Algumas perguntas assertivas ajudam a perceber se o vendedor está preparado para garantir a qualidade e a origem dos seus diamantes.
Não se esqueçam que o mercado, a nível mundial, dá hoje toda a prioridade à proveniência dos diamantes, para evitar a circulação de pedras cujo lucro financia guerras ou outras práticas ilegais de exploração.
A qualidade também é um tema inevitável, uma vez que imitações e diamantes produzidos em laboratório não têm, obviamente, o mesmo valor dos diamantes naturais.
Vapor de água e contrastes
Uma delas é bafejar o seu diamante, como se faz com os vidros para os embaciar. Os diamantes verdadeiros não embaciam com facilidade. Já os diamantes falsos, ficam embaciados alguns segundos.
Um diamante verdadeiro também não se desperdiça numa jóia fabricada num metal sem valor. Procure as marcas de contrastaria utilizadas para garantir a qualidade do ouro ou da prata usados.
Vá até à página da Contrastaria Portuguesa (contrastaria.pt), que tem uma história no nosso país que vem do século XIII, e informe-se sobre as marcas, o seu significado e as garantias que oferecem. Desse modo saberá se a qualidade do suporte do seu diamante é reconhecida.
Por vezes, as iniciais CZ podem estar presentes na peça, o que quer dizer que o “diamante” utilizado é na verdade uma zicórnia, que imita essas pedras preciosas, mas cujo valor não se compara ao das gemas verdadeiras.
No caso de diamantes mais modernos, adquiridos recentemente e provenientes de manufacturas que empregam tecnologia de ponta, uma lupa pode mostrar inscrições feitas no diamante, muitas vezes um número identificador que o certifica.
Imperfeições
Cada diamante natural tem características únicas e é isso que os torna raros, apetecíveis e caros. Uma boa lupa pode ajudar-nos a descobrir pequenas imperfeições que se agregam ao cristal durante a sua formação e indicam a sua origem genuína.
Essas imperfeições, de substâncias diversas, são as que dão aos diamantes as suas cores. Os diamantes brancos também as contêm e também há diamantes que são mesmo perfeitos. No entanto, o conhecimento destes pequenos detalhes são o que nos ajuda muitas vezes a distinguir as pedras naturais das artificiais ou de imitações.
A perfeição de uma pedra pode indicar que se trata de um diamante feito em laboratório. Os diamantes “fabricados” têm muitas qualidades além da perfeição, mais difícil de conseguir na Natureza. Por isso e por serem mais acessíveis em preço, têm um grande interesse para o mercado de jóias e para quem quer ter um diamante e não consegue pagar o merecido valor de um diamante natural.
A produção de diamantes em laboratório também envolve riscos de sustentabilidade que ainda é necessário resolver. Os métodos actuais de fabrico, CVD (deposição de vapor químico) e HPHT (alta pressão e alta temperatura), replicam artificialmente as condições em que os diamantes se formam na Natureza, mas livres das impurezas que acolhem durante o processo.
Luz e reflexos
Há outros testes que pode fazer em casa para determinar, através da luz e reflexos dessas pedras preciosas, se são genuínas ou apenas imitações.
Por exemplo, se a pedra estiver solta, pode pousá-la sobre uma folha de jornal ou qualquer outra página impressa. Se conseguir ler o texto, é provável que a sua pedra seja uma imitação. Ou, desenhando um ponto preto numa folha de papel, pondo o diamante sobre ele, se vir um halo negro através da pedra, ela será provavelmente uma imitação.
Os diamantes verdadeiros têm um reflexo acinzentado. A presença de outras cores pode ser sinal de uma pedra de qualidade inferior ou mesmo de uma falsificação.
Quando examinado num microscópio, virado para baixo, se detectar um brilho alaranjado, isso também pode significar que está na presença de uma imitação.
Mais uma vez, no que diz respeito a estas características dos diamantes, uma avaliação profissional é a forma mais adequada de determinar a qualidade das pedras e jóias que tem em casa.
Água e calor
Uma de mais duas formas de ficar a saber se os seus diamantes são autênticos, caso a pedra esteja solta, é mergulhá-lo num copo de água. Se afundar, é verdadeiro. Mas se ficar à superfície, é uma falsificação.
A outra é agarrar a pedra com uma pinça e aquecê-la durante 30 segundos com um isqueiro. Em seguida, mergulhe-a em água fria. Um diamante aguenta perfeitamente este teste, mas o vidro ou o quartzo não e podem partir-se.
Por isso, se as suas jóias têm valor sentimental, pule esta parte, que pode causar-lhe um desgosto. Mesmo sem diamantes de grande valor, as jóias são objectos muito belos, realizados com recurso a muito trabalho e devem ser sempre apreciadas.
Fontes: WikiHow, INMC, newgreenfill.com
