Rússia defende-se contra acusações de diamantes de sangue

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O Ministério das Finanças russo divulgou um comunicado onde condenou a proposta para que os diamantes extraídos na Rússia sejam classificados como diamantes de sangue.

A 17 de Agosto, o Ministério das Finanças da Rússia divulgou um comunicado a declarar que os esforços para classificar a Rússia como não compatível com os padrões do Processo de Kimberley demontram “um baixo nível de consciência”, afirmando que “a Rússia sempre foi e continua a ser um participante exclusivamente responsável no Processo Kimberley”.

Nesse comunicado constava também que “os meios de subsistência de um milhão de pessoas da Yakutia dependem totalmente da estabilidade da mineração de diamantes na região e que “as tentativas de questionar a total conformidade da Rússia com o Sistema de Certificação do Processo Kimberley são infundadas e especulativas”.

Anton Siluanov, ministro das finanças russo, afirmou que “a Rússia tem defendido o trabalho para rever a definição de diamantes de sangue nos últimos cinco anos e muitas vezes tem sido o único participante da mesa de negociações a tentar conciliar pontos de vista às vezes opostos”.

 O comunicado também defendeu os padrões ambientais, sociais e de governação do país e disse que a venda de diamantes é crucial para a economia da República de Sakha na Sibéria.

Em Junho, representantes do Processo Kimberley reunira-se no Botswana, onde uma proposta foi apresentada pela Ucrânia, UE, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália para ampliar a definição reconhecida de diamantes de conflito.

Os KP atualmente definem “diamantes de sangue” como diamantes vendidos para financiar grupos rebeldes e essa proposta procurava expandir essa definição para incluir “atores estatais” para incluir os diamantes extraídos na Rússia.

A ONU estabeleceu o KP em 2003 e há atualmente oitenta e cinco integrantes, incluindo representantes da indústria e organizações da sociedade civil.

A Rússia, juntamente com a Bielorrússia, a República Centro-Africana, o Quirguistão e o Mali votaram contra a proposta de alteração, segundo a agência Reuters.

A Rússia produz mais de um terço da oferta mundial de diamantes brutos, lucrou 4,5 mil milhões de dólares americanos em 2021 com essa exportação, a grande maioria desses são extraídos pela Alrosa e o governo russo detém 33% dessa companhia.

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