A empresa britânica anunciou recentemente que assinou um memorando de entendimento para a venda de quase 50% da mina Williamson, na Tanzânia, por 15 milhões de dólares norte-americanos.
O acordo, realizado entre a Petra e a Pink Diamonds Investments, estabelece a venda de metade da propriedade, menos uma ação, na Williamson Diamonds Limited (WDL), uma joint venture entre a Petra e o governo da Tanzânia, que possui a mina e é responsável pela sua atividade de mineração.
A Pink Diamonds é uma empresa nomeada pela Taifa Mining, encarregada de supervisionar os serviços técnicos do depósito, assim como sua afiliada.
A Petra Diamonds e a Taifa, na época conhecida como Caspian Limited, já tinham anunciado a 15 de Dezembro de 2021 que iriam assinar um Memorando de Entendimento (MoU).
Nesse mesmo ano, a Petra assinou um acordo com o governo da Tanzânia para reduzir a sua participação na WDL, de 75% para 63%, e a participação do governo aumentou assim para 37%, quando inicialmente possuía 25%.
Quando a transação for concluída, a participação da mineradora britânica vai diminuir para 31,5% e a Pink Diamonds irá ter os restantes 31,5%. Todavia, a Petra observou no seu comunicado que vai manter o controlo acionário da mina.
O pagamento de 15 milhões de dólares, pela Pink Diamonds, será realizado através dos pagamentos devidos pela WDL à Taifa por serviços técnicos antigos. A Petra espera receber os pagamentos da WDL em parcelas nos próximos cinco anos.
Ambas as empresas acreditam que a transação seja finalizada até o final deste ano, retomando as operações na mina, que foi colocada sob cuidados e manutenção no ano passado após a rutura de uma parede da instalação de armazenamento de rejeitos.
O CEO da Petra, Richard Duffy, comentou a venda de parte da mina: “A nossa parceria com a Taifa põe a Williamson numa posição mais forte no futuro. A nova estrutura vai reduzir a nossa participação enquanto acionista na WDL, limitando a nossa exposição de acordo com os nossos objetivos declarados.”
“A Williamson ocupa um lugar único no setor com a sua importante base de recursos e capacidade de produzir diamantes rosa de alta qualidade. Numa indústria com problemas a nível de oferta, esse ativo tem o potencial de se tornar cada vez mais valioso”, acrescentou Richard Duffy.
Rostam Azizi, presidente do conselho administrativo da Taifa e diretor nomeado pela Pink Diamonds, frisou que já trabalha na mina há mais de vinte anos e está bastante contente por entrar na próxima fase da parceria enquanto co-proprietário da mina.
“A mina tem o maior depósito de kimberlito no mundo por área, com reservas e recursos de 37,7 milhões de quilates registados a 30 de Junho de 2022. Reconhecemos a viabilidade da mina ao providenciar emprego sustentável e uma contribuição significativa à economia da Tanzânia”, sublinhou Rostam Azizi.
Fontes: Petra Diamonds, Rapaport
