Imagem: en.israelidiamond.co.il
Fundação
A Petra Diamonds foi fundada por Adonis Pouroulis, em 1997, e foi registada pela primeira vez no Alternative Investment Market (AIM), um mercado de ações secundário da Bolsa de Londres. Transferiu-se para o mercado principal em Dezembro de 2011.
Desde o registo na AIM, em 1997, a Petra cresceu significativamente para deixar de ser uma exploradora de diamantes júnior, com uma capitalização de mercado de menos de 10 milhões de libras, para passar a ser um grupo líder de mineração de diamantes independente, cotado no mercado principal da Bolsa de Valores de Londres.
Através da aquisição de ativos de mineração de diamantes que não eram essenciais para a De Beers, a Petra conseguiu participações em quatro operações de produção, três na África do Sul e uma na Tanzânia.
A estratégia da Petra foi sempre o foco na produção de valor e não em volume, otimizando as recuperações da sua base de ativos de alta qualidade para maximizar a eficiência e lucratividade.
Anos de progresso
Em 1998, um ano após o registo na AIM, a Petra fez novas descobertas de kimberlitos em Angola e, no decorrer das investigações realizadas nos anos seguintes, acabaram por identificar um campo de kimberlito no Alto Cuilo.
Após anos de estabilização da empresa, em 2004, a Petra formou uma joint venture com a BHP Billiton para continuar a exploração nos projetos angolanos.
Em 2005 a Petra fundiu-se com a Crown Diamonds, introduzindo três minas produtoras de diamantes no grupo Petra: as minas de fissura Helam, Sedibeng e Star.
Nesse mesmo ano, a Petra adquiriu a Kalahari Diamonds, empresa de exploração diamantífera no Botswana. Adquiriu ainda uma participação maioritária na mina Koffiefontein, na África do Sul, em 2007.
Já em 2008, a Petra comprou uma participação inicial de 37% na Cullinan Mine, na África do Sul.
No mesmo ano retirou-se das atividades de exploração em Angola, na sequência da recessão económica global, considerando isso uma “decisão estratégica”.
Em 2009, adquiriu uma participação maioritária na mina Williamson, na Tanzânia.
Através de uma “equity fundraiser” a Petra angariou 120 milhões de dólares americanos e esses novos fundos permitiram que a empresa aumentasse a sua participação na Mina Cullinan para 74%.
Ao atingir a primeira década dos anos 2000, em 2010, a produção anual da Petra subiu para mais de 1 milhão de quilates.
Adquiriu uma participação maioritária na mina Kimberley Underground na África do Sul e, em 2011, angariou 325 milhões de dólares americanos, através de uma nova “equity fundraiser”. A maioria dos fundos arrecadados foram usados para adquirir uma participação maioritária na mina Finsch, na África do Sul.
Também é nesse ano que a Petra passa da AIM para o Mercado Principal da Bolsa de Valores de Londres. Dobrou a produção anual para 2,2 milhões de quilates em 2012 e, em 2013, para 1,7 milhões.
Em 2014 a Petra decidiu desinvestir nas minas de Sedibeng e Star, que considera não serem essenciais para as operações da empresa, e iniciou um processo para colocar a mina de Helam sob cuidados e manutenção. A produção da Petra aumentou para 3,1 milhões de quilates e, em 2015, para 3,2 milhões.
Em 2016 a Petra adquiriu uma participação de 49,9% nas Kimberley Mines, na África do Sul. Combinou as suas operações em Kimberley com as da Ekapa Mining, através da formação da Kimberley Ekapa Mining Joint Venture. A produção aumentou para 3,7 milhões de quilates e, em 2017, para 4 milhões.
No ano de 2018 a Petra concluiu uma Emissão de Direitos para angariar 178 milhões de dólares para investimento. A produção anual aumentou para 4,6 milhões de quilates nesse ano. Em Dezembro a Petra vendeu a sua participação de 75,9% na JV KEM, o que fez com que a produção anual descesse para os 3,8 milhões de quilates.
A empresa anunciou o lançamento da iniciativa de mineração artesanal em pequena escala na mina de Koffiefontein em 2019 e a produção anual aumentou para 3,9 milhões de quilates.
Em 2020, a produção anual de Petra diminuiu para 3,6 milhões de quilates, devido à interrupção das operações, causada pelo surto da pandemia de COVID-19. Em Julho desse ano, chegou a acordo para desinvestir nos seus ativos de exploração no Botsuana.
No ano de 2021 a Petra vendeu um diamante azul, Tipo IIb, recuperado na Cullinan Diamond Mine, por 40,2 milhões de dólares americanos, o que representou o preço mais alto por quilate que a companhia alguma vez alcançou na venda de uma só pedra.
Mineração
As operações de mineração da Petra Diamonds estão localizadas em África, atuando na África do Sul e na Tanzânia.
Na África do Sul opera três minas produtoras de diamantes, as minas Cullinan, Finsch e Koffiefontein. São todas minas subterrâneas de tubos de kimberlito.
A 14 de Setembro de 2011, comprou a Finsch, uma mina completamente operacional que era explorada pela De Beers e que foi adquirida por um valor total de 786 mil dólares americanos. Finsch é uma grande mina com grande produção, tendo fornecido mais de 126 milhões de quilates de diamantes nos seus mais de quarenta anos de vida. A Petra implementou no início de 2017 um plano de desenvolvimento, para elevar a produção de 1,4 milhões de quilates por ano, para 1,9 milhões.
Em Julho de 2008, a empresa liderou um consórcio que adquiriu a mina de diamantes Cullinan, que era propriedade da De Beers Consolidated Mines, por um valor total de 562 mil dólares. Conhecida anteriormente como mina Premier Diamond, produz muitos dos maiores e mais famosos diamantes do mundo, incluindo o Cullinan Diamond, o maior diamante de gema do mundo, com 3,106 quilates em bruto.
Sir Thomas Cullinan, o ex-presidente da Premier Diamond Mine, apresentou o Cullinan ao rei da Inglaterra, Edward VII, em 1905. O Grande Estrela de África, que fica no cetro das Jóias da Coroa, foi produzido a partir do Cullinan Diamond, e foi muitos anos reconhecido como o maior diamante lapidado do mundo, com um peso de 530,20 quilates. Em 1985 perdeu o recorde para o Jubileu de Ouro, que foi encontrado na mesma mina que o Cullinan e pesava 545,67 quilates. Mais de um quarto de todos os diamantes com peso superior a 400 quilates tiveram origem nesta mina. É também a única fonte significativa de diamantes azuis do mundo.
Em Fevereiro de 2006, a De Beers cessou a mineração na mina Koffiefontein, quando o antigo direito de mineração expirou e em Julho desse ano a Petra começou a operar a mina em condições de cuidado e manutenção, antes de concluir a aquisição, em Julho de 2007.
A mina de Koffiefontein é uma das principais minas de diamantes do mundo, em valor médio por quilate, e produz diamantes brancos e coloridos, com pesos regulares entre 5 a 30 quilates. Em 1994, um diamante de 232,34 quilates foi recuperado em Koffiefontein, sendo o maior diamante bruto alguma vez produzido pela mina.
Os diamantes foram descobertos pela primeira vez em Koffiefontein em 1870 e a mineração começou com pequenos grupos independentes que mais tarde originaram a Koffiefontein Mine Limited.
Na Tanzânia, a Petra concordou em adquirir a mina Williamson em Setembro de 2008. Era propriedade da De Beers e a aquisição ficou completa em Fevereiro de 2009. A mina Williamson, que foi descoberta em 1940, tem a reputação de produzir diamantes grandes e de alto valor. Produz pedras especiais regularmente. Também é famosa pelos seus diamantes rosa.
Em 1947, o fundador da mina, Dr. John Williamson, presenteou a princesa Elizabeth (mais tarde Elizabeth II), no dia do seu casamento, com um diamante rosa de 54 quilates, nomeado como Williamson Pink Diamond.
O ministro de Energia e Minerais da Tanzânia, William Ngeleja, disse que a entrada da Petra na exploração da mina era “uma oportunidade de dar nova vida à mina Williamson e ao setor de mineração de diamantes da Tanzânia”.
Conselho Administrativo
Richard Duffy é o atual diretor-executivo da empresa, Jacques Breytenbach o diretor financeiro e Varda Shine a diretora não-executiva.
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