Os seis diamantes coloridos mais raros de 2022

Aqui fica a lista de seis dos diamantes coloridos mais excecionais do ano.

O primeiro a ocupar uma posição de destaque é um diamante vermelho-alaranjado Fancy de 1,21 quilates, leiloado pela Heritage Auctions.

A sua raridade reside no facto de que até hoje os cientistas não sabem exatamente como se forma o pigmento vermelho nos diamantes, estimando-se que existam apenas cerca de 20 a 30 diamantes com essa cor no mundo todo. Além disso, a maioria desses diamantes tem apenas 0,50 quilates ou menos. 

O ‘Orange-Red Diamond’ tinha um preço inicial estimado de pré-venda entre os 100 000 e 150 000 dólares americanos, mas foi vendido por 1,755 milhões de dólares, estabelecendo inclusive um recorde como a venda mais cara de sempre da casa de leilões.

O segundo diamante é o ‘The Enigma’, de precisamente 555,55 quilates. O diamante negro é considerado misterioso devido à sua possível origem: veio do espaço.

A pedra é um carbonado, que é uma das formas mais duras de um diamante natural. Os carbonados são extremamente raros e só foram descobertos na República Centro-Africana e no Brasil.

Como possui osbornita na sua composição, um mineral encontrado apenas em meteoros, acredita-se que tenha vindo do espaço.

A Sotheby’s, que vendeu o diamante por 4,3 milhões de dólares, explicou: “Segundo o expedidor, o Enigma foi comprado no final dos anos 90, pesava mais de 800 quilates na forma bruta e foram precisos mais de três anos para produzir este espécime facetado de forma única.”

“Ser capaz de obter um diamante que pesa precisamente 555,55 quilates, contém apenas 55 facetas e tem um grau de polimento tão alto é quase inconcebível”, acrescentou a organizadora do leilão.

A fechar o pódio está o ‘Golden Canary’. Um diamante amarelo acastanhado de 303,10 quilates, considerado um dos maiores diamantes lapidados do mundo e que possui a distinção de maior diamante flawless ou internally flawless alguma vez classificado pelo GIA.

A história da descoberta do ‘Golden Canary’ é bastante peculiar. De acordo com a Sotheby’s, no início dos anos 80, uma jovem brincava perto da casa do tio, na atual República Democrática do Congo, quando “encontrou uma grande pedra dourada numa pilha de rochas”.

Na realidade, os trabalhadores da mina MIBA tinham descartado as rochas por acharem que eram muito volumosas para conterem diamantes.

Nesse caso o lixo de uns tornou-se a riqueza de outros. A jovem deu o diamante bruto de 890 quilates ao tio, que o vendeu a comerciantes de diamantes locais.

A rara pedra preciosa foi vendida pela Sotheby’s, em Nova Iorque, por 12,4 milhões de dólares. 

Em quarto lugar está o ‘Williamson Pink Star’, um diamante rosa Fancy Intense de 11,15 quilates.

Uma carta do GIA evidencia as principais propriedades do diamante que está entre as mais raras de todas as pedras preciosas: “Atingir um grau de cor Fancy Vivid com diamantes rosa neste tamanho requer uma cor inerente muito forte no cristal bruto. É incomum que os diamantes rosa ocorram com uma forte profundidade de cor ou saturação em qualquer tamanho. Além da sua cor excecional, a clareza é Internally Flawless – uma combinação especial”.

É também apenas o segundo diamante rosa vívido Internally Flawless de mais de 10 quilates a ser oferecido num leilão.

Além disso, o ‘Williamson Pink Star’ foi vendido pela Sotheby’s por 57,7 milhões de dólares, tornando-se o segundo valor mais alto pago por um diamante ou pedra preciosa em leilão.

Em penúltimo lugar está o ‘Fortune Pink’, um diamante rosa Fancy Vivid de 18,18 quilates. É o maior diamante rosa vívido em forma de pêra alguma vez colocado à venda num leilão, de acordo com a Christie’s.

Angela Berden, especialista sénior em jóias da casa de leilões, afirmou que “é extremamente raro encontrar um diamante rosa, sobretudo um diamante rosa vívido, desse tamanho”.

O novo dono da rara pedra preciosa conseguiu obtê-la por quase 29 milhões de dólares.

A encerrar a lista está um diamante amarelo Fancy Intense de 205,07 quilates em forma de almofada, o ‘Red Cross’.

As propriedades que lhe conferem o aspeto de raridade são: o tamanho, visto que com 205,07 quilates, está entre os maiores diamantes lapidados do mundo e a sua cor amarela canary é bastante incomum num diamante com esse tamanho.

O facto de a cruz de Malta “ter sido lapidada no interior também o torna uma das pedras mais raras da Terra”, informou François Curiel, presidente da Christie’s Europe.

O diamante bruto original, que tinha entre 370 e 380 quilates, foi descoberto em 1901, nas minas de Grinqualand, na África do Sul.

O diamante já foi leiloado três vezes no total. Primeiro num leilão da Cruz Vermelha em 1918, depois pela Christie’s em 1973 e novamente pela casa de leilões em Maio deste ano, sendo vendido por 15 milhões de dólares.