A 30.ª edição da conferência internacional Mining Indaba, que começou no dia 6 e terminará a 9 de Fevereiro, na Cidade do Cabo, na África do Sul, tem como principal tema ‘Desbloquear o futuro da Mineração em África’.
No segundo dia do evento, o presidente do país anfitrião, Cyril Ramaphosa, frisou no seu discurso que a mineração continua a ser essencial para a economia do seu país.
Ramaphosa referiu ainda que a África do Sul teve uma receita na ordem dos 1,18 milhões de biliões de rands, cerca de 62,7 mil milhões de euros, no ano passado.
O segundo dia foi dedicado à delegação de Angola, chefiada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, que discursou no fórum relativamente aos minerais que são críticos para que haja uma transição energética.
A conferência sobre mineração em África contou com a presença de representantes de algumas empresas diamantíferas angolanas: Catoca, ENDIAMA, Sodiam, AJ Silva, Sociedades Mineiras de Yetwene, Chitotolo, Kaixepa e Furi.
As empresas revelaram exemplos de sucesso e de outros desafios na área da mineração, como é o caso da Catoca e da ENDIAMA, que pretende lapidar 20 por cento dos diamantes produzidos no país e que atualmente lapida menos de 10 por cento.
José Manuel Ganga Júnior, PCA da ENDIAMA, afirmou: “A etapa seguinte é produzir e vender jóias em Angola, para se ultrapassar o obstáculo de produzirmos muito diamante, mas lapidarmos pouco.”
Ganga Júnior acrescentou que outro objetivo é o de criar mais empregos e gerar uma maior riqueza no país.
“As companhias não podem ter receio de entrar para o mercado angolano, porque nós, da Catoca, somos de facto um grande exemplo vivo e claro das possibilidades que o país oferece, mesmo em condições difíceis, de recuperar os investimentos”, declarou Benedito Paulo Manuel, diretor-geral da Catoca.
Fontes: Governo de África do Sul, Angop, TPA, ENDIAMA