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Negociações entre o Botsuana e a De Beers estão a progredir

William Sentshebeng, um representante do governo, revelou que o Botsuana quer manter a sua parceria com a De Beers, reforçando que um novo acordo pode estar próximo.

Tudo indica que a parceria de longa data entre o país e a empresa irá permanecer intacta, mesmo após várias especulações de que o presidente Mokgweetsi Masisi iria abandonar as negociações e a parceria, caso não recebesse uma maior parcela de brutos da Debswana.

William Sentshebeng realçou que as negociações entre o governo do Botsuana e a De Beers “estão em andamento e está confiante de que irão resultar num acordo que vai beneficiar ambas as partes”.

Aquando da assinatura do acordo, em 2011, ficou estabelecido que o governo iria começar por receber 10 por cento da produção da Debswana e que nos cinco anos posteriores aumentaria para 15 por cento. O governo recebe agora, desde 2020, 25 por cento da produção da joint venture.

Os representantes do país ainda não referiram publicamente a percentagem que pretendem ter no novo acordo mas, de acordo com a Reuters, acredita-se que seja de até 50 por cento.

O porta-voz notou ainda que as negociações para renovar os direitos de mineração de diamantes da De Beers no país, que terminam em 2029, também estão a ser realizadas com antecedência para “permitir decisões críticas de investimento”.

Além disso, as parceiras pretendem investir em projetos de expansão de capital intensivo nas suas duas maiores minas, a Jwaneng e a Orapa, para estender a suas vidas úteis por mais vinte anos.

Segundo a Reuters, o anúncio do presidente, em Março, de que o Botsuana terá uma participação de 24 por cento na HB Antwerp, pode ser considerado uma tentativa de reduzir o domínio da De Beers sobre a indústria de diamantes do país.

Todavia, William Sentshebeng afirmou que a parceria do governo com a HB Antwerp “não vai afetar ou substituir a parceria com a De Beers, que tem como premissa a mineração e venda de diamantes brutos”.

Acrescentou que a colaboração com a empresa belga tem como objetivo garantir a participação do país produtor no processamento de gemas e para agregar valor aos seus diamantes.

Fontes: Reuters, Anglo American

Redação

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