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Namdia continua a beneficiar a Namíbia

A Namib Desert Diamonds (Namdia) lucrou mais de três mil milhões de dólares namibianos, cerca de 170 milhões de dólares norte-americanos, nos últimos três anos, contribuindo para as receitas do país e valorização daquele que é o bem mais exportado da Namíbia.

Uahoroka Kauta, diretor de operações da Namdia, revelou o valor da receita total da empresa estatal numa sessão que incluiu jornalistas, na segunda-feira.

O COO adiantou também que a receita da empresa para o ano fiscal de 2022/23 é de 409,2 milhões de dólares namibianos (27,1 milhões de dólares norte-americanos).

A Namdia, que é totalmente detida pelo Governo, permaneceu lucrativa mesmo com a crise originada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a alta inflação da economia dos Estados Unidos.

A indústria de mineração de diamantes é essencial na economia do país ao contribuir para aproximadamente dez por cento do produto interno bruto da Namíbia. Além disso, criou postos de trabalho para dois por cento da sua população total.

A empresa também tem um papel fundamental na economia nacional. Contribuiu com aproximadamente 625,7 milhões de dólares namibianos, cerca de 42 milhões de dólares norte-americanos, em impostos e taxas de exportação para o Governo entre 2022 e 2023.

Dados divulgados pela Namibia Statistics Agency dão conta de que diamantes foram os produtos mais exportados em Março deste ano, correspondendo a 32,4 por cento das exportações totais. A maioria dos bens seguiram para os mercados do Botsuana, dos Emirados Árabes Unidos e da Bélgica.

Lelly Usiku, chefe de desenvolvimento de mercado, vendas e marca da Namdia, explicou que inicialmente “a estratégia de vendas da empresa foi de vendas diretas. Depois seguiu o método de venda híbrido, 60 por cento de vendas diretas e quarenta por cento de licitações competitivas”.

Contudo, a empresa tem o objetivo de vender diamantes através de um processo de licitação mais competitivo, impulsionado pelo aumento contínuo de clientes e pela preferência dada a empresas em parte ou totalmente detidas por namibianos, de acordo com Usiku.

A Namdia irá divulgar com detalhes os seus mais recentes resultados financeiros no próximo mês.

O Governo da Namíbia e a De Beers realizaram, em Maio de 2016, ano de criação da Namdia, um acordo de classificação, avaliação, vendas e marketing de dez anos e tudo indica que novas negociações poderão ocorrer em breve.

Poderá considerar especialmente o novo acordo entre o Botsuana e a mineradora, em que alguns dos termos propostos por aquele país produtor foram aceites, nomeadamente uma maior quota de diamantes recuperados pela Debswana.  

A diretora executiva da Namdia, Alisa Amupolo, revelou que gostaria “de ter pelo menos entre 50 e 75 por cento de direito de compra, porque a empresa tem capacidade para trabalhar com maiores quantidades de pedras preciosas”.

Fontes: The Namibian, Namdia, International Trade Council, Namibia Statistics Agency

Redação

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