Museu de Arte de Tel Aviv retira-se da organização de evento sobre Holocausto

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O Museu de Arte de Tel Aviv cancelou o acolhimento da conferência sobre o Holocausto, em parceria com a Christie’s, como forma de protesto contra a venda, realizada em Maio, de jóias pertencentes a Heidi Horten, viúva de um membro do partido Nazi, no valor de quase 200 milhões de dólares norte-americanos.

O leilão provocou indignação na comunidade judaica ao vender mais de 700 itens pertencentes à falecida herdeira austríaca cujo seu primeiro marido, Helmut Horten, construiu um império de lojas através de negócios de judeus que foram forçados a vender as suas propriedades na Alemanha dos anos 1930.

O museu ia acolher a conferência “Refletindo a Restituição” para marcar o 25º aniversário dos Princípios de Washington, um acordo internacional sobre a arte perdida ou roubada durante o regime Nazi, que teria a presença de familiares de sobreviventes do Holocausto, historiadores e especialistas jurídicos.

Imagem: harpersbazaar.com

No entanto, o museu decidiu retirar-se como anfitrião do evento, afirmando estar “atento à crítica e ter-se vinculado ao sentimento público”.

Em comunicado, a Christie’s declarou “respeitar” a decisão do museu, mas destacou que já organizou eventos que foram “essenciais para promover uma maior consciencialização e compreensão das questões complexas relacionadas com a restituição de arte roubada pelos nazis”.

Imagem: Christie’s

Esta polémica com as jóias reforça o debate sobre a restituição de bens culturais saqueados durante períodos de conflito e opressão, ressaltando a necessidade de abordar cuidadosamente o legado histórico dessas obras e garantir uma justiça adequada para as vítimas e as suas famílias.

Fontes: Idex online e Times of Israel

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