Mountain Province alcança recorde no primeiro trimestre

A empresa anunciou os resultados financeiros positivos do primeiro trimestre, encerrado a 31 de Março, possíveis devido à sua mina Gahcho Kué.

Vendas ultrapassam expetactivas

Durante o trimestre foram recuperados 1 319 603 de quilates, o que representa uma variação positiva de 11% tendo em conta o valor do primeiro trimestre do ano passado, de 1 185 156 de quilates, mas o melhor resultado do trimestre ocorreu nas vendas.

A Mountain Province Diamonds destacou que vendeu 961 024 quilates de brutos, que contribuíram para uma receita total de 95 milhões de dólares norte-americanos, um resultado de receita trimestral recorde para a empresa.

O valor médio de preço por quilate registou uma queda, passando de 132 dólares para 99 dólares.

De acordo com Reid Mackie, vice-presidente de vendas e marketing da empresa o preço médio de venda mais baixo pode ser atribuído em grande parte à mistura de bens diferentes neste e no anterior trimestre, ajustado a uma descida dos preços de mercado, em relação ao recorde registado no início do ano passado.

Foram concluídas três vendas no mercado aberto durante o trimestre, que ajudaram a gerar a maior receita do primeiro trimestre registada pela empresa até o momento.

No período homólogo do ano passado foram realizadas duas vendas no mercado aberto, de 506 567 quilates, que se traduziram numa receita total de 66,7 milhões de dólares.

“No primeiro trimestre de 2023, a empresa alcançou vendas recordes após um primeiro trimestre de três vendas, com três remessas de produção completa e preços flutuantes para diamantes menores”, explicou Reid Mackie.

Mark Wall, presidente e CEO da Mountain Province notou que “o primeiro trimestre foi um excelente período de vendas, com a equipa a realizar três vendas que alcançaram resultados recordes num mercado que continua a oscilar”.

Desafios de manutenção na mina canadiana

Houve uma melhoria na produção da Gahcho Kué em comparação com aquela registada no primeiro trimestre de 2022, mesmo apesar dos desafios de manutenção não planeados.

A empresa referiu que está a trabalhar para otimizar totalmente a produção, em conjunto com a parceira da joint venture, a De Beers, tendo em conta as oportunidades necessárias. “O operador da mina espera ver um aumento da produção à medida que avançamos ao longo do ano em resposta a essas iniciativas e ao clima mais quente.”

Em relação aos custos, a mina entrou num período de forte remoção de resíduos capitalizados durante o trimestre, o que, com alguns custos pontuais relacionados com a manutenção, resultou num alto custo unitário por quilate recuperado e tonelada processada.

Todavia, espera-se que esses custos diminuam ao eliminar gradualmente a remoção de resíduos pesados e com o regresso às operações normais na central de processamento.

Planos para a Gahcho Kué

A última rodada de perfuração na extensão Hearne, na mina canadiana, foi bem-sucedida, ao serem abertos dez buracos, no mesmo número de kimberlitos.

Está programada outra perfuração na Hearne para testar a extensão do já conhecido minério Tuzo. Espera-se que esses resultados sejam revelados no final do segundo trimestre deste ano.

A empresa realçou que continua a trabalhar com a De Beers para estudar a viabilidade económica de estender a vida útil da mina, que poderá incluir uma mineração subterrânea, e que está a rever a possível inclusão dos kimberlitos do Projeto Kennady North.

“Continuaremos a trabalhar bastante no segundo trimestre, pois temos trabalhos de manutenção programados importantes, planeados para otimizar ainda mais a central de processamento na Gahcho Kué”, concluiu Mark Wall.

Fonte: Mountain Province Diamonds