Moscovo critica KP Civil Society Coalition por misturar diamantes com política

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Após todas as sanções que têm sido aplicadas a empresas diamantíferas russas, o país apresenta agora o seu ponto de vista da situação.

A Rússia apontou hoje críticas a todos aqueles que ao longo dos últimos meses têm tentado, segundo este país, “confundir as pessoas, misturando empresas diamantíferas com assuntos políticos”, afirmando que os questionamentos que têm existido em relação à concordância russa com o esquema internacional de certificação de diamantes são “totalmente sem fundamentos e rebuscados”.

O Kimberley Process (KP), uma coligação entre governos, indústria diamantífera e sociedade civil responsável por certificar diamantes como sendo livres de conflitos, estão divididos em termos de opinião, porque há quem defenda que se devia alterar a definição de diamantes de conflito para abranger os que financiam agressões por parte de países.

Na semana passada no Botswana, no encontro do KP, a KP Civil Society Coalition (CSC) e outros estados-membros insistiram que os diamantes russos estão a ser uma forma de financiamento para alimentar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O ministro das finanças russo, Anton Siluanov, em defesa do seu país afirmou que “a Federação Russa condena absolutamente as tentativas por parte do CSC, apoiadas pela minoria absoluta de alguns participantes ocidentais, de politizar o trabalho do Processo Kimberley distorcendo deliberadamente os factos e substituindo os seus princípios básicos”.

A Rússia foi a presidente do KP no ano passado e Anton Siluanov indicou que “sempre defenderam a revisão do que são diamantes de conflito e irão continuar a fazê-lo” e pediu aos oponentes que “se abstenham de mais acusações especulativas, se abstenham de demagogia política e concentrem-se no que é o verdadeiro trabalho do KP”

As decisões que envolvem o Kimberley Process são sempre tomadas em consenso, e teme-se que esta discordância possa comprometer a sua eficácia.

O KP considera diamantes de conflito todos aqueles que financiam movimentos rebeldes que têm como objetivo derrubar governos legítimos, uma definição que muitos consideram pouco abrangente e que têm tentado ampliar desde que o KP foi fundado em 2003.

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