Mercado de diamantes sintéticos pode atingir 50 mil milhões de dólares em 2030

Numa fase inicial da pandemia, o mercado de diamantes sintéticos teve algumas dificuldades, conseguindo recuperar no final de 2020. Em pouco tempo, já se tornou um dos mercados mais promissores e com maiores oportunidades de crescimento no futuro.

O Gemological Institute of America afirma que “diamantes criados em laboratório estão a tornar-se uma alternativa popular para muitas pessoas, visto que têm a mesma beleza e propriedades daqueles que vêm das minas e são, frequentemente, uma opção mais económica”.  

A Allied Market Research, sediada em Portland, Oregon, nos Estados Unidos, publicou um estudo com alguns dados importantes em relação aos diamantes criados em laboratório, isto é, sintéticos, e previsões para um período compreendido entre os anos de 2021 e 2030.

O estudo prevê que o mercado global de diamantes sintéticos, que em 2020 valia 19,3 mil milhões de dólares americanos, atingirá os 49,9 mil milhões de dólares em 2030, representando uma taxa de crescimento anual composta de 9,4% de 2021 a 2030.

As técnicas para a criação de diamantes em laboratórios e fábricas foram inventadas pela primeira vez na década de 1950, com o método HPHT, ou seja, o diamante era exposto a altas temperaturas e pressões. Foi usado para a criação de diamantes pequenos (principalmente úteis para aplicações industriais) e dar cores aos diamantes.

Já o outro método é a tecnologia CVD (deposição química de vapores), inventada na década de 80 e usada na criação de diamantes. Através da CVD foram possíveis inovações na tecnologia de fabricação de diamantes, que levaram à criação de técnicas para fazer diamantes maiores, que podiam atingir tamanhos de 10 quilates ou superiores.

No entanto, o uso de energia renovável na fabricação de diamantes está a aumentar e o uso da tecnologia a laser para cortar diamantes também está a ganhar mais força no mercado.

Algumas outras conclusões feitas pelo estudo foram, relativamente ao melhor método de fabricação, que a CVD lidera em termos de participação de mercado e irá ter a maior taxa de crescimento anual composta durante os nove anos da previsão.

Os baixos custos associados à produção CVD de diamantes e o baixo consumo de espaço das máquinas CVD são algumas das razões que levaram a uma maior adoção da técnica de criação CVD dos diamantes.

Dependendo do tamanho, o segmento abaixo de 2 quilates é o diamante mais utilizado, tanto para fins industriais, quanto de moda. Os diamantes incolores (transparentes e brilhantes) lideram em termos de participação de mercado, mas, é esperado que os diamantes coloridos ganhem mais popularidade durante os próximos anos.

Relativamente à aplicação, os diamantes são amplamente usados na indústria da moda, tendo ocupado cerca de três quartos da participação de mercado em 2020. Por região, a América do Norte é a líder em termos de participação de mercado, mas a Allied Market Research afirma que a “região Ásia-Pacífico está pronta para crescer, com a maior taxa de crescimento anual composta, durante o período de previsão”.

Várias empresas já começaram a apostar na venda de diamantes sintéticos, como por exemplo, a De Beers, que lançou a sua marca de diamantes criados em laboratório, a Lightbox Jewelry, em 2018, introduzindo um novo modelo de preço fixo, independentemente da clareza ou cor do diamante.

Redação

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