O Natural Diamond World abordou várias joalharias ao longo do País para tentar perceber como funciona o mercado de consumo de diamantes em Portugal.
Com esta recolha de informações foi possível apurar que apenas dois tipos de jóias com diamantes têm saída volumosa no mercado nacional: os anéis, muito por conta da procura destes para noivados, e os brincos.
Apurámos se existia alguma época do ano em que o mercado tivesse um pico ou uma quebra, e a verdade é que, nas localidades mais direcionadas para o turismo, como Lisboa, Porto e Algarve, foi-nos indicado que o Verão e o Natal são épocas altas no que toca à venda de diamantes, apontando os turistas como principal fator para esse acontecimento.
Em zonas menos turísticas como Leiria, Coimbra e Alentejo, a informação que recolhemos é que não existem picos ou quebras de venda nestas localidades. De acordo com os joalheiros com quem falámos, no que toca a diamantes, as vendas acontecem quando “têm de acontecer”, são feitas “mês-a-mês”, não sendo possível comparar um mês deste ano com o mesmo mês do ano anterior e que nesses sítios a procura por diamantes acontece mais quando as pessoas querem assinalar uma data, por exemplo, um casamento ou o nascimento de um filho.
Origem das pedras
Conseguimos perceber que grande parte das joalharias em Portugal não sabem qual a origem dos diamantes que constituem as peças que vendem nas suas lojas. Têm sempre certificados de garantia que comprovam que não se tratam de diamantes de sangue e a mina de origem é desconhecida porque compram as peças já montadas a fornecedores nacionais, sendo os diamantes lapidados e montados em peça no nosso país.
A ourivesaria lisboeta Dara Jewels informou-nos que, no seu caso, todos os diamantes que têm em loja que ultrapassem o peso de um quilate, têm certificado GIA e, esses sim, sabe-se a mina de origem do diamante.
Outra ourivesaria de Lisboa, o Diamante do Chapim, confirmou-nos uma situação que é geral para todo o País. As ourivesarias portuguesas têm preferência pela venda de diamantes naturais, com a maior parte dos joalheiros a afirmar que recomendam sempre aos clientes a sua aquisição, porque os sintéticos não têm o mesmo valor, mesmo parecendo que possam ser iguais. Ao contrário dos verdadeiros, os “lab grown diamonds” (diamantes de produção em laboratório) podem riscar, partir e, segundo o que nos foi dito, são “enganosos para o público porque não têm qualquer valor”.
Maria Azevedo, uma das joalheiras do Diamante do Chapim, explicou que esta ourivesaria tem uma máquina para avaliar peças de diamantes naturais, deteta os brilhantes e apita consoante a energia. Se o diamante for sintético a máquina não apita, logo podemos determinar que além de não terem o mesmo valor, os diamantes sintéticos também não têm a mesma energia que os naturais.
Com os dados recolhidos, foi possível observar que as ourivesarias do interior do País, as que se localizam em sítios menos direcionados para o turismo, como referido anteriormente, vendem diamantes apenas para o mercado nacional, ou seja, têm como única base de clientes os portugueses. E referiram que esta pedra preciosa só tem saída quando alguém quer celebrar uma data importante e, na maior parte das vezes, para oferecer a outra pessoa, não para uso próprio.
Jóias portuguesas apreciadas por estrangeiros
Nas zonas de Portugal com maior turismo, pelo contrário, as ourivesarias trabalham muito com clientes estrangeiros e têm loja online, porque além de venderem a quem está de visita ao nosso país, também vendem internacionalmente. Os países para os quais estas ourivesarias portuguesas exportam mais peças de diamante são China, Estados Unidos da América, Inglaterra, França, Alemanha, Suíça e Países Baixos.
Resumindo, do que conversámos com os joalheiros portugueses, os estrangeiros procuram comprar peças que tenham diamante em Portugal não por causa da gema em si, mas por causa do ouro em que o diamante é incluído. Fomos informados de que o ouro português é dos melhores e mais procurados do mundo por causa da sua pureza, como exemplo, foi-nos dito que “em 1000 a pureza do ouro português é 800, caso praticamente único no mundo”.
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