A exposição e a venda anuais da MAD About Jewelry apresentam jóias contemporâneas feitas com as mais recentes técnicas e materiais invulgares, como selos postais, sedas de quimono recicladas, cascas de ovo, etc.

Assim, a exposição MAD About Jewelry deste ano pode ser descrita em duas palavras: vale tudo.
“O tema é a diversidade”, afirmou a diretora da MAD About Jewelry, Bryna Pomp, uma exposição que se realiza anualmente no Museu de Artes e Design de Nova Iorque.
“Cada edição apresenta uma fatia do que considero ser a melhor joalharia contemporânea e os melhores fabricantes em todo o mundo”, declarou a presidente.
Este é o 23.º ano para MAD About Jewelry, que começa em 25 de Abril com um benefício de abertura com uma receção de artista e jantar.
O evento vai homenagear os vencedores do prémio MAD About Jewelry 2023, incluindo o designer Alexis Bittar, a vice-presidente sénior de moda da Bergdorf Goodman, Linda Fargo, e Sam Broekema, editor-chefe da Only Natural Diamonds.
De 26 a 29 de Abril o público tem oportunidade de ver e comprar jóias de 50 artistas, que foram escolhidos para participar devido à sua visão inovadora do que pode ser a jóia contemporânea, explicou Pomp.
Os artistas são oriundos de 20 países e incluem as primeiras participações do Brasil, da Estónia, de Singapura, do Vietname e do Quénia.
“Tenho critérios rigorosos quanto aos artistas que seleciono. Tem de haver algo para todos, desde colecionadores sérios a pessoas que visitam o museu pela primeira vez”, afirmou.
“Este é um evento marcante também para estes criadores. Têm uma plataforma numa instituição importante a nível mundial para mostrar o seu trabalho. Para muitos, esta é uma verdadeira rampa de lançamento”, contextualizou.
Dos artistas presentes, Yumi Kato, do Japão, recicla material de quimonos para criar jóias têxteis. Kato, cuja mãe era costureira, tem formação em moda e design têxtil, e o seu trabalho destaca-se pelas cores e desenhos que cria com as sedas. Além disso, cose parcial ou totalmente à mão cada peça de joalharia.

Outro criador é Diego Saraiva, do Brasil, que reaproveita objetos como moedas, selos e talheres nas suas jóias.

Os designs neutros em termos de género, como os de Akvile Su, são uma adição temática à exposição deste ano.
Su é uma designer lituana, que vive na Escócia, e trabalha com metais preciosos reciclados, fazendo correntes geométricas, anéis e brincos minimalistas.

“Quando as pessoas colecionam pinturas ou esculturas, só as vemos nas suas casas. Quando se compra uma peça de joalharia de arte contemporânea, está-se a sair em público com ela. As pessoas vêem-na, perguntam sobre ela e apreciam-na. Para mim, é uma forma muito mais expressiva de mostrar o nosso interesse pela arte contemporânea”, concluiu.
Fonte: jckonline