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Lucapa recupera mais diamantes especiais

A empresa anunciou recentemente os resultados bastante promissores do seu primeiro trimestre do ano, possíveis devido ao contributo das duas principais minas de diamantes que possui em África.

A Lucapa Diamond Company informou que alcançou alguns marcos importantes durante esse período. No total, conseguiu recuperar 14 651 quilates, o que representa uma variação de 10% tendo em conta o período homólogo anterior e vendeu 13 477 quilates.

Essas vendas traduziram-se numa receita de 18,2 milhões de dólares norte-americanos, levando a um aumento de 40%, uma vez que a receita do primeiro trimestre de 2022 foi de 13 milhões de dólares.

Também houve um aumento do preço médio por quilate, que passou dos 1 172 dólares para 1 350 dólares, o que representa uma subida de 15%.

No entanto, considerando as partes que podem ser atribuídas à Lucapa, baseadas na percentagem que detém nos projetos Lulo e Mothae, de 40 e 70 por cento, respetivamente, a empresa teve um lucro de 9 milhões de dólares com a venda de brutos.

Recordes no Lulo

A mina aluvial do Lulo, localizada em Angola, é da Sociedade Mineira Do Lulo (SML), que consiste nas empresas Lucapa, com 40%, ENDIAMA, com 32%, e Rosas & Pétalas, que possui 28%.

O diretor administrativo da empresa, Stephen Wetherall, comentou: “No Lulo foram extraídos e processados volumes recordes e recuperámos o nosso 36º diamante de mais de 100 quilates, um diamante branco Tipo IIa de 150 quilates.”

Durante o trimestre, a SML recuperou 7 165 quilates, o que representa um aumento de 37% relativamente ao período correspondente do ano anterior.

Dessa produção foi possível encontrar 88 diamantes especiais, ou seja, com mais de 10,8 quilates, sendo o mais notável deles o diamante de 150 quilates anteriormente referido.

Diamante bruto de 150 quilates, recuperado em Fevereiro
Imagem: Lucapa Diamond Company

Duas parcelas, de 7 162 quilates no total, foram vendidas no primeiro trimestre por 12,6 milhões de dólares, representando um aumento de 175% e 77%, respetivamente, em relação ao período homólogo do ano passado.

A Lucapa notou que a receita que obteve com a venda de brutos e o preço médio por quilate, de 1 759 dólares, teriam sido significativamente melhores, caso os três diamantes de grandes dimensões e de alto valor, extraídos ainda durante o trimestre, tivessem sido vendidos.

Os três diamantes, com um peso combinado de aproximadamente 316 quilates, incluindo o de 150 quilates, estarão disponíveis para venda num próximo leilão privado.

Dois brutos, de 115 e 50 quilates, que serão leiloados em breve
Imagem: Lucapa Diamond Company

Melhorias na Mothae

A mina kimberlítica Mothae é propriedade da Lucapa, que detém 70%, e do governo do Lesoto, que possui 30% do projeto.

As operações de mineração e de processamento na Mothae seguiram o plano esperado para o trimestre, com melhorias significativas após as mudanças realizadas na central de processamento, frisou a Lucapa.

“Há indicações iniciais positivas na Mothae dos benefícios das mudanças no fluxo da central feitas para aumentar a capacidade e a receita por hora, com um novo recorde estabelecido em Março para o volume mensal processado”, acrescentou Wetherall.

Durante o trimestre foram recuperados 7 486 quilates, representando uma variação negativa de 8% em relação ao período correspondente do ano anterior. Foram extraídos da Mothae 52 diamantes de tamanho especial, com o maior deles a ter 86 quilates.

Diamante de 86 quilates, da Mothae
Imagem: Lucapa Diamond Company

Foram vendidas três parcelas, totalizando 6 315 quilates de diamantes brutos, no acordo de parceria com a Safdico no valor de 5,6 milhões de dólares.

No entanto, esses valores levaram a uma queda de 25% e 5%, respetivamente, considerando os números obtidos no primeiro trimestre de 2022.

O preço médio por quilate foi de 887 dólares − 28% mais elevado do que o preço verificado no período correspondente do ano anterior. O aumento deveu-se à mudança na mistura de minério processado e às melhorias na fábrica de processamento.

Metas para o ano de 2023

Para a mina do Lulo, a companhia espera recuperar 31 000 quilates de diamantes até ao fim do ano e vender brutos a uma média de 2 300 dólares por quilate.

Observou que as preparações para o primeiro programa de exploração aluvial no rio Lulo avançaram e que o programa irá efetivamente começar assim que a época de chuvas deste ano terminar.

Em relação à mina Mothae, é esperada a recuperação de 29 500 quilates este ano. A Lucapa conta com um preço médio por quilate na ordem dos 1 000 dólares, o que irá significar um aumento de 45% relativamente aos 690 dólares por quilate do ano passado.

Fontes: Lucapa Diamond Company, miningreview.com

Redação

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