Imagem: Lucapa Diamond Company
A empresa australiana fundada em 2004 e com sede em Subiaco, um subúrbio na cidade de Perth, na Austrália, Lucapa Diamond Company, está em crescimento e em processo de consolidação do seu nome no mundo dos diamantes com cada descoberta que é feita, até ao momento, nas suas minas em África.
Segundo a própria Lucapa, o seu grande objetivo é tornar-se uma das principais produtoras de excelência de diamantes; e a empresa tem como missão “explorar e fazer crescer a [sua] produção de diamantes de alto valor e para um mercado bastante específico [nicho de mercado] de uma forma segura, responsável, inovadora e lucrativa para o benefício de todos os acionistas”.
As duas principais figuras de gestão da empresa
O seu atual CEO (Diretor Executivo) é Stephen Wetherall, um contabilista com mais de 20 anos de experiência na área financeira e de gestão operacional, especialmente nas transações empresariais e planeamentos estratégicos. Wetherall tem ainda algumas conquistas no seu currículo: desempenhou papéis de caráter financeiro e executivo com a famosa De Beers e a empresa londrina Gem Diamonds, o que lhe permitiu adquirir bastante conhecimentos da indústria diamantífera, desde a exploração até ao comércio dos diamantes, e evidentemente pô-los em prática para melhorar a empresa que chefia.
O presidente da Lucapo Diamond Company, Miles Kennedy, tem um longo histórico de cargos de presidência, que tem vindo a ocupar nos últimos 30 anos em várias empresas de exploração e desenvolvimento mineiro na Austrália. Kennedy já foi presidente da Kimberley Diamond Co., que desenvolveu a mina de diamantes Ellendale, na Austrália Ocidental.
“As duas minas de diamantes em operação e distintas”
Foi esta a expressão que a Lucapa Diamond Company utilizou para descrever no seu mais recente relatório anual (de 2021) as duas minas que estão neste momento em funcionamento, devido às propriedades especiais e únicas de cada uma delas.
As duas minas em questão são: a mina do Lulo, em Angola, e a mina Mothae, no Lesoto.
A mina do Lulo é uma mina aluvionar com 3000 km quadrados, operada pela Sociedade Mineira do Lulo (SML) e constituída pela empresa Lucapa Diamond (com 40%) juntamente com as empresas angolanas Endiama (com 32%) e Rosas & Pétalas (com 28%). Neste tipo de mina os diamantes foram naturalmente removidos dos kimberlitos através da erosão que foi ocorrendo ao longo de milhões de anos e, posteriormente, esses mesmos diamantes ficaram depositados num novo ambiente em que a terra se junta com a água (por exemplo um leito de um rio).
Só tendo em conta o ano de 2021, foram encontrados 24 595 quilates de diamantes em bruto no total na mina do Lulo e a mina é conhecida por ter sido palco de algumas das maiores descobertas de diamantes na história de Angola, como por exemplo a Rosa do Lulo, um diamante de 170 quilates encontrado este ano e considerado o maior a ser descoberto nos últimos 300 anos no país. Juntando-se, assim, à lista dos outros dois dos maiores diamantes alguma vez encontrados em Angola.
A mina Mothae é uma mina kimberlítica em que a Lucapa detém 70% e os outros 30% pertencem ao governo do Lesoto, país onde se situa a mina. Até hoje foram encontrados cinco diamantes com mais de 100 quilates. Em 2021 foram descobertos na mina 32 470 quilates, o que representa um aumento de 141% em comparação com os que foram encontrados no ano anterior. Ainda nas descobertas pode-se incluir as 628 pedras preciosas com mais de 4,8 quilates, de acordo com o relatório da empresa.
A Lucapa Diamond Company tem planos para desenvolver e inovar ainda mais a mina e melhorar a produção: foi introduzido um projeto com o objetivo de “testar se a forma de exploração da mina através de uma máquina que funciona de maneira contínua é a mais adequada e apresenta mais benefícios comparado com a perfuração. Caso se comprove como a melhor solução, esta tecnologia tem o potencial de trazer melhorias de operação e custo na exploração de kimberlito na Mothae”.
Uma nova e promissora aquisição e futuros projetos
Além destas duas minas localizadas no continente africano, a Lucapa Diamond Company agora também é a única proprietária da mina de diamantes Merlin, no Território do Norte, na Austrália. A mina kimberlítica Merlin foi comprada pela empresa em Dezembro de 2021. Antes da mudança de proprietário já tinham sido encontrados onze tubos de kimberlito, todos diamantíferos. Dos onze kimberlitos conhecidos, oito deles foram descobertos pelos antigos donos da mina (a Rio Tinto e a Ashton Diamonds) entre os anos de 1999 e 2003, dando no total 50 000 quilates provenientes de 2,2 milhões de toneladas de kimberlito. E isto inclui o maior diamante alguma vez encontrado na Austrália: um diamante branco do tipo IIa de 104 quilates.
Foi feito um estudo no ano passado para avaliar as potencialidades da mina Merlin e chegaram à conclusão de que: a mina tem grandes pontos positivos a seu favor e bastantes possibilidades de desenvolvimento, pois tem um grande tempo de vida (cerca de 14 anos) e serão usados os métodos convencionais de exploração do poço aberto e do poço vertical. De acordo com previsões da Lucapa Diamond Production referidas no mesmo estudo de 14 milhões de toneladas de diamantes posteriormente tratados, obterão 2,1 milhões de quilates e antecipam um lucro de 2 mil milhões de dólares australianos. Com a aquisição da mina, a Lucapo espera oferecer vantagens às comunidades da região e no próprio Território do Norte.
A Lucapa Diamond Company ainda tem mais dois projetos a serem explorados nos próximos tempos: no continente africano, no Botsuana, o Orapa Area F Project. Numa primeira etapa é necessário que a empresa confirme, através de perfurações, se áreas específicas e identificadas em Orapa têm kimberlitos; e o Brooking Diamond Project, na Austrália Ocidental, em que para obter melhores dados e resultados a Lucapa terá de efetuar mais estudos e confirmar se as áreas que identificaram contêm lamproítos (rochas vulcânicas e subvulcânicas ultrapotássicas derivadas do manto terrestre).
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