Lucapa aposta na sustentabilidade em África

A Lucapa Diamond instalou a nova rede de tratamento de águas residuais na mina de Mothae, no Lesoto, em que detém uma quota de 70%, para processar até 80 metros cúbicos de águas impuras por dia, tornando os resíduos da mina seguros.

A rede foi implantada pela WEC Projects, uma empresa sediada na África do Sul, especializada em soluções de tratamento de águas e esgotos, que em 2022 tinha anunciado que os trabalhos estavam praticamente concluídos.

A Lucapa afirmou, ainda em 2022, que as águas residuais na mina do Lesoto eram eliminadas de forma insuficiente, chegando a percorrer mais de 100 quilómetros até às instalações de descarte mais próximas, o que era “dispendioso”.

O projeto custou 194 817 dólares norte-americanos e as águas são agora tratadas com iodo ativado e clarificação das mesmas.  

A instalação em Mothae também integra um Wastemaster que inclui peneiramento e remoção de óleo presentes nos esgotos. Dessa forma, o Wastemaster remove os óleos, gorduras e material não-biodegradável a montante do processo de tratamento.

A estação trata as águas poluídas da mina canalizando-as para o atual sistema séptico.

Outro aspeto a ter em conta é a disponibilidade de água na região diminuir consideravelmente durante o Inverno. A nova estação pode ajudar a mina a reduzir o seu consumo de água.

A mina localiza-se nas montanhas Maluti o que, segundo a empresa, faz com que haja “flutuações climáticas extremas” e a nova estação de tratamento tem também como propósito manter uma temperatura estável na região para facilitar o posterior crescimento da flora afetada pela mina.

Esta preocupação com a florestação está também a ser aplicada no Lulo, a outra mina detida a 40% pela Lucapa, em Angola, onde se procura reequilibrar a região com espécies autóctones.

Enquanto a região regenera, as árvores são plantadas num “viveiro” para, posteriormente, serem replantadas dando assim tempo para a flora se desenvolver.

Além destas duas minas, a Lucapa está a planear ações noutras regiões africanas e na Austrália.

As minas têm um tempo útil de vida, mas o seu impacte ambiental e social podem ser eternos se as empresas não apostarem em reverter alguma da ação humana aplicada no local.

Fontes: Rough & Polished, im-mining.com e Lucapa

Redação

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