Leonardo DiCaprio e a sua nova fábrica espanhola de diamantes

O ator americano, conhecido por ter sido o protagonista do filme Diamante de Sangue, em 2006, aventura-se no mundo real dos diamantes, criados a partir de tecnologia de ponta e energias sustentáveis, numa fábrica em Espanha.

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Leonardo DiCaprio escolheu a cidade de Trujillo, em Cáceres, localizada na Estremadura espanhola, com uma população que nem chega aos nove mil habitantes, como nova morada da empresa de diamantes na qual tem investimentos, a Diamond Foundry.

A escolha do local deveu-se à grande disponibilidade de energia solar na região da Estremadura, visto que a empresa dá prioridade às energias renováveis. As obras para a construção da fábrica terão o seu início no próximo ano.

A cidade de Trujillo
Imagem: Wikipedia

Irá ocupar um terreno de 30 000 metros quadrados, no parque industrial de Arroyo Caballo. A empresa, que investiu 670 milhões de euros na sua construção, prevê que em 2024 a fábrica já estará totalmente operacional.

Os diamantes criados serão usados ​​como intermediários para a tecnologia 5G e para a indústria automóvel elétrica, de acordo com a revista espanhola Vanitatis.

A empresa Diamond Foundry está sediada em São Francisco, na Califórnia, e foi fundada por Martin Roscheisen, em 2012. Leonardo DiCaprio, que também é ativista e apoia medidas para combater as mudanças climáticas e salvar o planeta da destruição humana, decidiu investir na empresa em 2016.

O ator afirmou: “Tenho orgulho de investir na empresa, que promove a criação de diamantes de maneira sustentável na América, sem as consequências negativas humanas e ambientais da mineração.”

Aliás, o slogan da Diamond Foundry é “Just Diamond, no mining, no carbon emissions, no cartel pricing”, ou seja, é criado somente um diamante, sem precisar de mineração, sem emitir carbono e sem preços combinados.

Os três primeiros diamantes Cognac criados pela empresa, em 2015
Imagem: Diamond Foundry

O propósito principal da fábrica (e da empresa) será o de criar energia sustentável e contribuir para o fim do comércio dos diamantes de sangue, isto é, provenientes de países produtores de diamantes e usados para financiar guerras, violando os direitos humanos.

Mas, o fundador da empresa referiu que “uma fração da produção também irá para a chamada indústria de diamantes de nível intermediário e para os grandes compradores na Índia que atendem a todas as outras indústrias que precisam de diamantes, incluindo a das jóias”.

A fábrica espanhola, que vai empregar cerca de trezentas pessoas, irá ter reatores de plasma que funcionarão durante 24 horas por dia, uma central solar de 120 megawatts e uma infraestrutura de armazenamento de 60 megawatts.

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