Leilão de diamante rosa raro da África do Sul

Um diamante rosa extravagante de 29,52 quilates vai ser leiloado esta semana pela Pioneer Tender House. O Protea Pink foi descoberto nas margens do rio Orange.

A pedra preciosa, chamada Protea Pink por apresentar tons de rosa semelhantes aos da flor nacional da África do Sul, a prótea, possui 29,52 quilates, uma clareza excecional e é do tipo II.

O diamante extraordinário será leiloado pela Pioneer Tender House durante esta semana, com o leilão privado a terminar nesta sexta-feira, dia 30.

A Pioneer Tender House é administrada pela Organização dos Produtores de Diamantes da África do Sul (SADPO), cuja CEO é Yamkela Makupula.

Foi encontrado no rio Orange, que é conhecido como a área com o maior valor médio por quilate no mundo, assim como por ter o menor teor em quilates por cem toneladas de qualquer área ativamente minerada, explicou Lyndon de Meillon, geólogo e vice-presidente da SADPO, ao Mining Weekly.

O rio é também conhecido por ter sido palco da primeira descoberta de um diamante na África do Sul, o Eureka, encontrado em 1867 perto de Hopetown, e de um diamante ainda de maior dimensão, dois anos depois, o Estrela da África do Sul, que levou a uma corrida aos diamantes nesse local.

Alguns dos mais notáveis diamantes vendidos por preços que estabeleceram recordes mundiais também foram descobertos no rio, que incluem o Pink Star e o Orange.

O Pink Star, um diamante rosa de 59,6 quilates, leiloado pela Sotheby’s em 2013, arrecadou 83 milhões de dólares norte-americanos, e o Orange, uma pedra laranja de 14,82 quilates, foi vendido pela Christie’s em 2013 por 35,5 milhões de dólares.

Lyndon de Meillon acrescentou que o Protea Pink provavelmente teve a sua origem nos kimberlitos do Lesoto, há 90 milhões de anos, e viajou para o rio Orange, ficando preso numa parte do rio, a aproximadamente 500 quilómetros da sua fonte.

Ainda de acordo com o geólogo e vice-presidente da organização, as atuais empresas de mineração de diamantes de aluvião “não utilizam produtos químicos no seu processo de recuperação e a reabilitação das áreas de mineração provou melhorar a capacidade de carga da terra”.

Fontes: Mining Weekly, Wikipédia, SADPO