O Ministério da Economia e Indústria do país divulgou recentemente um acontecimento único no comércio de diamantes, mas que, segundo Ophir Gore, diretor e controlador de diamantes de Israel, “não é nenhuma surpresa”.
As exportações de polidos registaram um défice de 123,7 milhões de dólares norte-americanos, em base líquida, no último mês, visto que as devoluções de diamantes ultrapassaram o valor dos bens exportados.
No ano anterior as exportações de polidos representaram um excesso de receitas na ordem dos 498,6 milhões de dólares, na mesma base líquida, calculado tendo em conta a dedução de bens que foram devolvidos a Israel.
Considerando o volume no mesmo período, as exportações diminuíram 76%, para 41 958 quilates.
O valor obtido refletiu a “reimportação de mercadorias após as feiras de Hong Kong, que aconteceram no início de Março”, explicou o Rapaport.
As exportações de brutos caíram 60%, para 71,1 milhões de dólares, as importações de polidos diminuíram 4%, para 297,3 milhões, e relativamente à de brutos, verificou-se uma queda de 68%, para 69,3 milhões de dólares.
Tendo em conta o primeiro trimestre do ano, as exportações de polidos foram no valor de 838 milhões de dólares, o que se traduziu numa queda de 36% ano a ano.
“A tendência global de queda no comércio de diamantes pode ser vista nos dados do primeiro trimestre deste ano e não é nenhuma surpresa”, comentou Gore.
O responsável do departamento de diamantes do ministério acrescentou: “Ainda assim, estimamos que em meados deste ano veremos a tendência negativa mudar para uma direção positiva, devido à reabertura do mercado chinês e à ânsia de compensar o período de pandemia.”
Fonte: Rapaport