De acordo com dados de um comunicado do Ministério da Economia e Indústria de Israel, obtido pelo Rapaport, as exportações de polidos diminuíram 39% ano a ano, para 160,6 milhões de dólares americanos, depois de se contabilizar as devoluções dos artigos que não foram vendidos.
O volume de exportações verificou uma queda de 19%, para 80 661 quilates, assim como o preço médio, que diminuiu 24%, passando a ser 1 991 dólares por quilate, em Dezembro.
As exportações de brutos foram as que tiveram uma maior queda, de 65%, para 64,5 milhões de dólares.
As importações de diamantes polidos e brutos também diminuíram. As de polidos desceram para 27% e para um valor de 200,9 milhões de dólares; as de brutos diminuíram 33%, para 141,9 milhões de dólares.
“O ano de 2022 foi desafiante para o setor global de diamantes em geral e para a indústria israelita em particular. O ano começou com a guerra na Ucrânia e as sanções aos diamantes brutos russos, que constituem cerca de um terço do mercado global de diamantes, e continuou com sinais de recessão global e inflação”, frisou o ministério.
Os dados mais recentes revelam que é a quinta queda que ocorre em seis meses em relação às exportações de polidos de Israel. O único aumento durante o semestre ocorreu em Setembro “devido à variação anual no calendário dos feriados judaicos”, observou o Rapaport.
Contudo, o ministério referiu no comunicado que os valores em relação aos diamantes polidos durante o ano inteiro mostraram uma melhoria.
Acrescentou que depois de um crescimento significativo em 2021, “o mercado em geral evitou regressar às quedas consecutivas observadas entre 2010 e 2020”.
Registou-se um aumento de 5% das exportações de polidos de Israel para todos os mercados, o que se traduziu num valor total de 3,86 mil milhões de dólares em 2022, e as importações de polidos também aumentaram, para 9%, atingindo um valor de 3,21 mil milhões de dólares.
No entanto, relativamente às exportações e importações de brutos não se verificou a mesma tendência. Diminuíram 15% e 11%, para 1,53 mil milhões e 1,83 mil milhões de dólares americanos, respetivamente.
Um aspeto positivo realçado pelo ministério foi o facto de o Dubai estar a tornar-se um importante parceiro comercial após o acordo de paz de 2020 entre Israel e os Emirados Árabes Unidos.
Ophir Gore, o regulador do comércio de diamantes de Israel, explicou que “as tendências positivas [do ano] foram o estreitamento dos laços entre as bolsas de Ramat Gan e do Dubai, assim como o aumento das vendas de jóias nos EUA e a reabertura do mercado chinês após o levantamento das restrições da Covid-19”.
Fonte: Rapaport News