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Indústria de Surat fica isenta de taxas de eletricidade

As unidades que se dedicam à criação de diamantes em laboratórios pagam uma taxa de 15%, caso usem um sistema de alta tensão, e uma taxa de 10% para o sistema de baixa tensão, mas agora ficam isentas de pagarem estas taxas.

O governo do estado indiano de Gujarat tomou essa decisão um dia antes de o modelo de código de conduta entrar em vigor no Estado, que seguia as indicações do Gems and Jewellery Export Promotion Council (GJEPC).

Dinesh Navadia, o antigo presidente do GJEPC, da região de Gujarat, acredita que “a principal despesa no processo de fabricação de diamantes criados em laboratório é a eletricidade, que representa quase 70% dos gastos. A decisão de abolir o imposto de eletricidade irá aumentar a competitividade dos fabricantes de diamantes criados em laboratório de Surat no mercado internacional, especialmente em relação aos seus colegas chineses”.

Nos últimos dois anos, o número de máquinas de diamantes criados em laboratório aumentou bastante em Surat, de vinte/vinte e cinco passou para mais de mil. Maiores unidades de lapidação e polimento de diamantes naturais também começaram a fabricar diamantes criados em laboratório devido à crescente procura.

Neste momento, 25 a 30 por cento das unidades de polimento de diamantes em Surat trabalham com diamantes de laboratório e 15 por cento das unidades trabalham apenas com o produto criado em laboratório.

As exportações brutas provisórias de diamantes lapidados criados em laboratório para o primeiro semestre, de Abril a Setembro de 2022 deste ano fiscal aumentaram mais de 60% para quase 943,63 milhões de dólares americanos, quando durante o período correspondente anterior era de 587 milhões de dólares, de acordo com o Gems and Jewellery Export Promotion Council.

A China é atualmente a maior produtora global de diamantes criados em laboratório, com uma participação de mercado de cerca de 56 por cento. A Índia, os Estados Unidos e a Singapura produzem 15, 13 e 10 por cento, respetivamente, dos diamantes criados em laboratório no mundo.

A Índia é especializada e lidera na tecnologia de deposição química de vapores (CVD), que certifica um dos tipos mais puros de diamantes.

A Rússia e o Reino Unido também têm algumas unidades de fabricação desse tipo de diamantes, mas a sua participação no comércio global de diamantes criados em laboratório é inferior a 2 por cento.

Estima-se também que nove em cada dez diamantes naturais do mundo sejam lapidados em Surat, facto confirmado pelo presidente da Surat Diamond Association, Nanubhai Vekaria.

O presidente afirmou ainda: “A pós-lapidação e o polimento de quase 95 por cento dos diamantes naturais brutos são fornecidos para o mercado externo. Agora, o setor de diamantes criados em laboratório está a emergir como um grande gerador de empregos, oferecendo trabalho a mais de um milhão e cinquenta mil pessoas.”

Redação

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