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Índia: indústria de diamantes de laboratório pede fim de taxa

Os pedidos de abolição do imposto de importação sobre a matéria-prima de diamantes criados em laboratório, a semente de diamante, vieram a propósito da próxima divulgação do orçamento, no dia 1 de Fevereiro, pelo governo indiano.

A indústria solicitou ainda a introdução de uma política de reparação de jóias de forma a promover o setor e de uma taxa em relação às vendas de diamantes nas zonas especiais notificadas, nas quais existe uma maior facilidade de movimento de brutos.

As medidas, que estariam no referido ‘pacote de diamantes’ do orçamento, caso sejam implementadas, irão gerar empregos e aumentar as exportações do país, de acordo com Colin Shah, antigo presidente do Gem and Jewellery Export Promotion Council (GJEPC) e com mais de trinta anos de experiência na área.

Um dos grandes objetivos desse pacote seria precisamente criar mais empregos, pois recentemente cerca de 20 000 trabalhadores da indústria em Surat foram despedidos.

A redução da mão-de-obra aconteceu devido ao facto de as unidades de fabrico estarem a funcionar entre 60 e 70% da sua capacidade, afirmou o secretário da Surat Diamond Association.

A indústria de diamantes da Índia tem vindo a enfrentar dificuldades devido à crise económica nos Estados Unidos e na Europa e às regras impostas pela China em relação à Covid-19.

Uma parte bastante significativa dos diamantes exportados pela Índia vão para os mercados dos Estados Unidos e da China.

Como as minas de diamantes em todo o mundo têm tempos de vida útil limitados e os custos de exploração e de extração são mais elevados, os diamantes de laboratório têm vindo a ser uma alternativa bastante procurada pelas empresas.

“Estima-se que até 2025, as exportações globais de gemas e jóias verão os diamantes criados em laboratório a contribuir com 10%, possuindo assim potencial para impulsionar um crescimento económico”, comentou Colin Shah.

O antigo presidente do GJEPC afirmou que países como os Emirados Árabes Unidos, a Turquia e Hong Kong são grandes concorrentes da Índia, visto que têm uma política mais simples de reimportação de jóias para serem reparadas e de envio para os respetivos países que requisitam essa reparação.

Shah defendeu que “a Índia, sem dúvida, tem potencial para ser a capital global de reparação de pedras preciosas e jóias”.

Acrescentou que “os grandes exportadores teriam facilidade para abrir os seus centros de serviços [no país] para a importação e reexportação de jóias exportadas para o estrangeiro”, caso o governo tenha em consideração os pedidos dos membros da indústria.

Fontes: The Hindu

IDEX Online

Redação

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