Governo angolano celebra adesão à Iniciativa para a Transparências nas Indústrias Extrativas

A entidade para a transparência considerou que Angola conseguiu os objectivos a que se tinha proposto aquando da candidatura, há pouco menos de dois anos, e cumpre todos os requisitos para ser tornado membro.

“Nós, como angolanos, temos de nos congratular, é mais um passo. Tivemos o processo, com sucesso, dos diamantes de sangue. E isto vem juntar-se aquilo que nós precisamos que é um melhor ambiente de negócios e uma melhor imagem do país”, afirma Diamantino Azevedo, ministro dos Petróleos e Recursos Minerais de Angola.

Após, em agosto de 2020, o presidente de angolano João Lourenço, ter tornada formal a candidatura à Iniciativa para a Transparência nas Indústrias Extrativas (ITIE), órgão que promove a gestão responsável e transparente de recursos naturais, Angola tornou-se esta quinta-feira (15) membro oficial da ITIE.

Diamantino Azevedo admite que o setor está sobre “grande pressão internacional do ponto de vista da transparência”, ao que acrescem fatores como a preocupação ambiental, ou a responsabilidade social – mas ter conseguido cumprir as metas que davam entrada na ITIE dá “credibilidade” ao país.

O trabalho com Angola, ao que a ITIE esclarece na sua página, passa por “publicação de contratos, transparência dos dados sobre proprietários efetivos, publicação regular dos lucros das indústrias extractivas, e avaliar o impacto da transição energética no país”.

Ao garantir esta adesão, Luanda mostra interesse em cumprir os padrões internacionais e mostra-se ao mercado, após um período conturbado, como um parceiro transparente e rico em matérias-primas, nomeadamente o diamante. Recorde-se que Angola também faz parte, desde 2003, do Kimberley Process, que certifica os diamantes conflict-free.