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GIA descobre duas pedras sintéticas a imitar diamantes

O GIA já tinha apelidado a moissanite sintética de novo substituto do diamante, em 1997, no seu jornal científico Gems & Gemology.

O instituto acrescentou que a gema “está muito mais próxima do diamante em relação à aparência geral e peso do que qualquer imitação anterior. As propriedades térmicas da moissanite também são bastante próximas das do diamante”.

Com todas estas semelhanças é comum haver uma certa confusão entre os dois materiais e também possíveis fraudes.

Foi precisamente o que aconteceu há pouco tempo quando alguém enviou uma pedra bruta verde-azulada de 7,42 quilates ao laboratório do GIA, em Nova Iorque, para obter uma identificação de diamante colorido e um relatório de origem.

No entanto, a equipa identificou a pedra como um cristal sintético de moissanite, esculpida para parecer um diamante bruto natural, de acordo com as técnicas de análise do GIA Sarah Arden e Courtney Robb, na edição de Outono de 2022 da Gems & Gemology.

A moissanite foi particularmente esculpida na forma de um octaedro para imitar um diamante bruto natural. Deram o aspeto de bordas escalonadas e incluíram texturas mais ásperas para se assemelhar a um diamante proveniente do magma kimberlítico.

A moissanite de 7,24 quilates
Imagem: GIA

Mas, as pesquisadoras afirmaram que os diamantes com forma octaédrica, “bem definidos e formados” são raros porque geralmente são expostos a fluidos kimberlíticos corrosivos no manto terrestre.

“Esta investigação serve para lembrar que se deve tomar cuidado ao identificar pedras preciosas, pois etapas de processamento de material especialmente criadas como essas, podem ser usadas com a intenção de enganar os consumidores e prejudicar a integridade do comércio de pedras preciosas”, acrescentaram as especialistas.

O segundo caso ocorreu no GIA em Mumbai, que recebeu uma pedra brilhante quadrada modificada de 1,71 quilates para ser realizada uma atualização de relatórios.

A moissanite de 1,71 quilates
Imagem: GIA

Tudo apontava para a legitimidade do diamante devido a uma inscrição que parecia corresponder a um relatório real do GIA para um diamante natural de 1,71 quilates brilhante, quadrado e modificado.

No entanto, logo foi descoberto que a inscrição a laser do GIA no cinto (que divide a parte superior da inferior num diamante) era falsa.

A fonte usada não era a mesma de uma inscrição genuína do GIA e os exames gemológicos confirmaram que a pedra polida era moissanite sintética, como explicado por Shoko Odake, gerente sénior de identificação do GIA em Tóquio, na mesma edição do jornal.

A falsa inscrição na moissanite
Imagem: GIA
Redação

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