GIA: certificados online deixam indústria diamantífera insatisfeita

Os comerciantes e fabricantes de diamantes queixaram-se ao 'Gemological Institute of America' (GIA) dos seus novos relatórios serem digitais e não em papel, alegando que reduzem a segurança e são menos populares entre os retalhistas.

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Os relatórios disponíveis para diamantes de 0,15- a 1,99 quilates, D- a Z, têm causado consternação na indústria desde que o GIA mudou os seus relatórios apenas para versões digitais no início deste ano.

Os clientes do GIA que submetem um diamante recebem-no de volta num pequeno envelope que mostra as especificações chave e um código QR único que o liga a um relatório online.

Segundo alguns comerciantes, outras pessoas podem facilmente copiar o código e associá-lo a um diamante diferente.

Os fornecedores também alegam que os retalhistas estão habituados a vender diamantes e jóias com certificados físicos.

O GJEPC (India’s Gem & Jewellery Export Promotion Council) e o BDB (Bharat Diamond Bourse) em Mumbai levantaram a questão junto do GIA.

“Foram expressas preocupações quanto à segurança dos certificados digitais, bem como o desejo dos retalhistas e consumidores de receberem um certificado impresso”, declarou um porta-voz da WFDB [Federação Mundial de Bolsas de Diamantes].

“Foi discutido que durante um certo período de tempo, o GIA poderia fornecer tanto certificados digitais como impressos a quem os solicitasse. Os presidentes das bolsas que participaram no congresso pediram à WFDB que apresentasse as suas preocupações ao GIA”, prosseguiu o porta-voz.

Segundo o GIA, a organização ouviu dos seus clientes (fabricantes, corretores, comerciantes e retalhistas) “as preocupações relacionadas com os relatórios do dossier diamantífero digital do GIA e como a integração dos relatórios digitais nos seus processos poderia perturbar os seus negócios”.

“Apreciamos o feedback construtivo e estamos a considerar a melhor forma de abordar as suas preocupações no contexto da nossa missão de proteger os consumidores e assegurar a sua confiança em pedras preciosas e jóias”, concluiu a entidade.

Fonte: Rapaport

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