Thomas Hainschwang. Imagem: Linkedin
O co-fundador do GGTL Laboratories, Thomas Hainschwang, que tem um doutoramento em diamantes coloridos, declarou ao Rapaport que não consegue explicar a origem da desvalorização dos diamantes verdes no mercado de gemas e o porquê das classificações dos mesmos estarem a mudar.
Durante uma entrevista, conduzida por Joshua Freedman, o especialista em diamantes coloridos debateu vários temas da atualidade da indústria diamantífera, dando ênfase ao problema recente da classificação dos diamantes verdes.
A questão presente é a desvalorização destas gemas ao terem a sua classificação alterada: de cor natural passam a ser classificados como tendo sido “possivelmente tratados”. Esta classificação baixa exponencialmente o valor da pedra.
A discussão surge porque o diamante verde é mais suscetível a ter a cor alterada através da irradiação, que é um fenómeno por si só natural, mas agora é considerado um fator de alteração da gema e, por isso, desvaloriza-a porque, supostamente, perde “as características naturais”.
Thomas não quis citar o laboratório que começou a reclassificar estes diamantes, desvalorizando-os, mas explicou que uma pedra que antes poderia custar três milhões de dólares perde agora 99% do valor, tornando-se “inútil”.
O seu laboratório efetuou uma investigação extensiva para compreender a origem da sua cor e como a irradiação a influencia. Fizeram uma base de dados com as propriedades e características que Thomas considera importantes.
No que diz respeito aos diamantes verdes, existem poucos exemplares, nomeadamente em museus.
Todavia, o estudo, que é bastante caro, abrange vários diamantes de diferentes tamanhos e cores, em que se analisou a irradiação, de várias formas, e posteriormente também foram testados em temperaturas que podiam chegar aos dois mil graus celsius.
Thomas explicou que a irradiação foi o “primeiro processo estável de cor a ser feito” e que desde 1910/1915 que os laboratórios têm dificuldades em identificar a irradiação porque os diamantes a obtêm de forma natural.
Desta forma, com exceção de alguns laboratórios, desde 2020 que um diamante verde submetido a análise de laboratório é classificado com origem indeterminada, o que lhe retira a sua quase totalidade do valor, porque os especialistas “não se atrevem a afirmar se a cor é ou não natural”.
Como consequência, os consumidores passaram a ter receio de enviar as gemas para análise.
Face a esta desvalorização dos diamantes naturais surge ainda a concorrência dos diamantes sintéticos.
Para Thomas, o receio do mercado é exagerado, e fez um paralelismo com os rubis criados em laboratório no século XIX, que estagnaram. Pensa que o percurso dos diamantes sintéticos será o mesmo e que haverá sempre espaço no mercado para gemas naturais, consoante as necessidades, possibilidades e gostos dos clientes.
Fonte: Rapaport
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