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G7 confirma proibição de diamantes russos

Os membros do G7 confirmaram esta semana as proibições de diamantes russos, cumprindo a promessa de punir o Kremlin pela guerra contínua com a Ucrânia.

A União Europeia (UE) proibirá “diamantes não industriais extraídos, processados ou produzidos na Rússia” em fases, com uma proibição direta a entrar em vigor até 01 de Janeiro, declarou a Comissão Europeia.

A proibição aplica-se à “importação, compra ou transferência de diamantes da Rússia”, esclareceu o Conselho da União Europeia num comunicado no mesmo dia.

A declaração da comissão está em conformidade com o comunicado do G7 de 06 de dezembro que pede uma proibição dos diamantes russos polidos a partir de 1 de Março.

Até 1 de Setembro, as sanções indiretas também se estenderão a diamantes produzidos em laboratório, jóias e relógios com diamantes, disse a comissão – um detalhe que não estava no comunicado do G7.

“Essa fase de proibições de importações é justificada pela necessidade de implantar um mecanismo de rastreabilidade que permita medidas eficazes de aplicação e minimize as interrupções para o mercado da UE”, disse o conselho. “A proibição dos diamantes russos faz parte do esforço do G7 para desenvolver uma proibição coordenada internacionalmente que visa privar a Rússia dessa importante fonte de receita.”

A UE, que inclui a Bélgica, ainda não havia introduzido proibições sobre diamantes russos desde o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022. O Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia (AWDC) argumentou durante meses que as sanções apenas resultariam nas pedras a ir para outros centros comerciais, como Dubai e Mumbai.

O comércio de diamantes fornece à Rússia 4,38 biliões de dólares norte-americanos em receitas anuais, estimou a comissão.

“Hoje, gostaria de agradecer aos nossos parceiros na União Europeia por aprovar o 12º pacote de sanções”, disse o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“É importante, pela primeira vez, ter uma proibição de diamantes russos”, disse o Presidente ucraniano.

Enquanto isso, o Canadá, o Reino Unido e o Japão anunciaram proibições após o comunicado do G7.

A capacidade de introduzir restrições de importação cabe aos países individuais, e não ao G7 como bloco. Os Estados Unidos, outro membro do G7, que já têm uma proibição de importações diretas de diamantes russos, não anunciaram proibições adicionais.

No entanto, há incerteza sobre como os países implementarão proibições indiretas, dadas as dificuldades de rastrear diamantes.

Em Outubro, a Associação dos Produtores de Diamantes Africanos (ADPA) criticou os países ocidentais por não consultarem as pessoas no continente e afirmou que alguns dos planos prejudicariam os seus membros e os mineradores artesanais.

Fonte: Rapaport

Redação

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