Firestone Diamonds: reabertura de mina no Lesoto

A empresa britânica anunciou que retomou as atividades de exploração da mina Liqhobong, no Lesoto, que permaneceu encerrada durante dois anos e meio. No comunicado adiantou ainda que está a passar por algumas dificuldades financeiras.

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A mina Liqhobong já está em pleno funcionamento desde o dia 1 de Agosto, após suspender todas as suas atividades durante dois anos e meio.

A Firestone recebeu um empréstimo de cerca de 11,6 milhões de dólares americanos da Absa/ECIC, o que permitiu que a produção recomeçasse.

Neste momento, está em processo de chegar a um programa de reestruturação para pagar 67,6 milhões de dólares que deve à Absa/ECIC.

A empresa colocou a mina “em cuidados e manutenção” pela primeira vez em Março de 2020, no auge da pandemia. Todavia, permaneceu fechada durante algum tempo e a Firestone chegou a demitir funcionários em Julho daquele ano, pois não conseguia vender diamantes.

Todas as tentativas anteriores de refinancimento da sua dívida e de reabertura da mina não se concretizaram. O CEO da Firestone, Rob de Pretto, comentou que “a posição financeira da empresa continua muito desafiante com os seus altos níveis de endividamento”.

O CEO concluiu: “Embora procuremos pagar essa pesada carga de dívida ao longo do tempo, sujeita a condições de mercado favoráveis ​​contínuas, esperamos que isso leve um tempo considerável.”

No entanto, a empresa está no caminho de recuperação. Durante o primeiro trimestre fiscal que terminou a 30 de Setembro, recontratou 97% dos seus funcionários originais e começou a processar um stock de 245 000 toneladas de minério que já havia sido extraído.

Desse stock de minério recuperou 34 997 quilates de diamantes brutos. A Firestone explicou que esses factos contribuíram para um reinício mais rápido e com um custo menor do que se estivesse a extrair minério novo.

A empresa diamantífera realizou a sua primeira venda no dia 14 de Outubro e arrecadou 2 milhões de dólares americanos em receita. Vendeu 25 224 quilates, a um preço médio de 81 dólares por quilate.

O preço por quilate é aproximadamente 10% mais elevado do que o valor histórico considerado para os diamantes brutos de Liqhobong.

A Firestone Diamonds afirmou que espera recuperar entre 620 000 e 650 000 quilates de diamantes brutos no ano fiscal que termina em 30 de Junho de 2023.

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