James Sabatino, de 46 anos, está neste momento a cumprir uma sentença de 20 anos numa prisão de segurança máxima, no Colorado, nos Estados Unidos, por roubar mais de 10 milhões de dólares em jóias e outros artigos num esquema, onde usou o nome de celebridades.
Em 2017, Sabatino estava preso a aguardar julgamento por outras acusações e continuava a comandar o esquema através do uso de telemóveis e tablets contrabandeados para a sua cela.
Entrava em contato com as grandes marcas do mundo da joalharia, fazendo-se passar por executivo de uma famosa editora de música, como a Sony Music ou a Universal Music Group.
O golpe mais conhecido envolve o artista Justin Timberlake e a esposa, Jessica Biel, em que Sabatino contactou a De Beers Forevermark e alegou que precisava de jóias com diamantes para um videoclipe em que os dois participariam, filmado em Miami Beach.
A Forevermark prontamente emprestou nove peças, incluindo um diamante em forma de esmeralda de 8,55 quilates, que valia 580 000 dólares, e um diamante de corte oval de 7,29 quilates, estimado valer 326 000 dólares. A marca reportou o caso à polícia de Miami alguns dias depois.
As joalharias em troca de publicidade enviaram caixas de jóias para uma morada fornecida pelo cérebro do esquema e onde os seus parceiros iriam buscá-las para posteriormente serem vendidas.
Os procuradores federais afirmaram que Sabatino geriu a organização criminosa de Outubro de 2014 a Abril de 2017. Muitas das jóias roubadas nunca chegaram a ser recuperadas.
No entanto, em Junho deste ano, o GIA notificou o FBI de que havia recebido dois diamantes que pareciam corresponder à descrição de duas das jóias roubadas pelo falso diretor executivo.
Os diamantes foram enviados ao Instituto por um joalheiro de Boca Raton, na Flórida, de acordo com os autos do tribunal. Em Setembro, a promotora adjunta Gabrielle Raemy Charest-Turken apresentou uma moção para que os diamantes fossem devolvidos à De Beers Forevermark.