Família real do Catar em conflito por diamante de 70 quilates

O diamante, que é o elemento central de um colar, é o motivo de uma batalha judicial entre alguns membros da família real do Catar, estando em causa a sua venda.

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A notícia foi avançada pelo Financial Times, que refere que a empresa Qipco, administrada por Hamad bin Abdullah al-Thani, colecionador de arte do Catar e ex-emir do país, entrou com uma ação judicial no Alto Tribunal de Justiça, em Londres, contra a Elanus Holdings Limited, para resolver o impasse que envolve a pedra preciosa.

O diamante em questão é o ‘Idol’s Eye’, de 70,20 quilates, possivelmente descoberto na Índia, segundo o GIA, cuja cor foi classificada pelos gemólogos do instituto como ‘Very Light blue’ (azul bastante claro) e o grau de clareza como VVS1.

Colar com o ‘Idol’s Eye’
Imagem: Navrang India

De acordo com a Qipco, a Elanus Holdings Limited é controlada pelos herdeiros de Saud bin Mohammed al-Thani, falecido em 2014, que liderou a aquisição da extensa coleção de arte nacional do país no Médio Oriente.

O jornal explicou que a Qipco quer obrigar a Elanus a vender o ‘Idol’s Eye’ por pelo menos 10 milhões de dólares americanos, sob os termos de um contrato assinado em 2014 por ambas as empresas.

Em Maio de 2014 foi acordado que a Elanus iria emprestar o diamante à Qipco durante vinte anos. O acordo garantiu ainda o direito de compra da jóia por parte da Qipco caso a Elanus pretendesse vendê-la.

O preço estimado da jóia era de 10 milhões de dólares ou teria em conta a média de duas avaliações das principais casas de leilões.

A empresa que iniciou o processo alegou que, em Fevereiro de 2020, um advogado da Fundação Al-Thani, com sede na Suíça, a notificou por carta de que a família desejava vender a peça.

No entanto, no mês seguinte, o advogado enviou um e-mail à Qipco a dizer que a família já não queria vender a jóia, especialmente devido à pandemia.

A Qipco pediu ao tribunal que exija a conclusão da venda, mas a empresa de advocacia que representa a Elanus, a Farrer & Co, frisou que nunca houve a intenção de venda do diamante e qualquer aviso de venda foi logo retirado.

Fontes: Financial Times, IDEX Online

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