Os novos dados do serviço de informações, relativos ao período compreendido entre os dias 1 de Novembro e 24 de Dezembro, revelam que as vendas da categoria diminuíram 5,4% ano a ano.
É uma tendência diferente das que aconteceram no ano passado, uma vez que se registou um crescimento de 31% em relação ao ano de 2020 e tendo em conta as vendas de jóias a um nível pré-pandémico, registou-se um aumento de 27% em 2019.
Além dessa categoria, a dos eletrónicos também verificou uma queda, em termos comparativos, considerando o valor do ano passado, de 5,3%.
Steve Sadove, consultor sénior da Mastercard, comentou: “Esta temporada de comércio a retalho de fim de ano parecia diferente dos anos anteriores.”
“Os vendedores a retalho ofereceram grandes descontos, mas os consumidores diversificaram os seus gastos de férias para acomodar o aumento dos preços e a vontade de terem experiências e encontros festivos pós-pandemia”, explicou Sadove.
A economista-chefe do Mastercard Economics Institute na América do Norte, Michelle Meyer, acredita que “a inflação alterou a maneira como os consumidores americanos abordam as suas compras de fim de ano – desde a busca pelas melhores ofertas até as trocas que ajudavam a aumentar os orçamentos para os presentes”.
Todavia, os gastos gerais de vendas a retalho, excluindo as vendas de automóveis, subiram 7,6% durante o período, com as compras online a aumentar 10,6%.
Aqueles que optaram fazer compras nas lojas físicas contribuíram para o seu crescimento de 6,8%.
O Mastercard SpendingPulse observou que o comércio online (e-commerce) representou 21,6% do total de vendas a retalho nesta época de festas, um valor superior aos 20,9% do ano passado e aos 20,6% de 2020.
Acrescentou ainda que o comércio online “continua a revelar um crescimento substancial devido ao facto de os consumidores priorizarem a sua conveniência e a disponibilidade de descontos”.
O serviço de informações frisou que a Black Friday continuou a ser o principal dia em que os consumidores escolheram fazer as suas compras na temporada, aumentando 12% ano a ano, não incluindo o setor automóvel.
Além disso, durante o mês de Dezembro foram realizadas mais compras aos sábados.
Michelle Meyer concluiu que os “consumidores e comerciantes a retalho lidaram bem com a temporada, mostrando resiliência mesmo com as crescentes pressões económicas.”