EUA: crescimento de vendas online na era Gen Z

Cerca de vinte e cinco por cento das vendas de jóias com diamantes nos Estados Unidos (por valor) foram concretizadas online, no ano passado, quando em 2015 representavam apenas 14%. Tendo ainda em conta alguns valores de comparação dos anos anteriores, relativamente ao volume, os números são de 31% em 2021 e 18% em 2015. 

Os grandes protagonistas do contributo para o aumento de compras online são os consumidores da chamada Geração Z (pessoas que nasceram entre a segunda metade dos anos 90 e o início do ano de 2010), bastante familiarizados com a Internet e a tecnologia em geral, referida no relatório como “a próxima geração de consumidores de diamantes” por Bruce Cleaver, CEO da De Beers.

Estima-se que 42% do total de compras da Geração Z seja online, de produtos para uso próprio (40% do total de compras) e realizadas por mulheres solteiras (37% das compras), com base nas respostas de 18 000 mulheres.

Outra descoberta presente no relatório está diretamente relacionada com a necessidade de saber a proveniência do diamante antes da sua compra. Mais precisamente, 36% das mulheres em geral e 39% da Geração Z fazem agora questão de buscar informações sobre as credenciais éticas de uma marca ao comprar jóias com diamantes.

Dois terços de todas as compras de jóias com diamantes foram de marca (o dobro do valor de 2015) e consta no relatório que com a chegada da Web3 (uma nova versão da World Wide Web baseada na tecnologia blockchain), NFTs e o metaverso existe a possibilidade de abertura de novas receitas, aquisição de clientes e oportunidades de marca.

Esther Oberbeck, vice-presidente sénior de estratégia do De Beers Group, afirma que: “As principais tendências que já estão a deixar a sua marca na indústria de diamantes foram aceleradas pela pandemia de Covid-19, novas tecnologias e evolução das expectativas dos consumidores, à medida que a Geração Z evolui.”

Oberbeck acredita que a indústria de diamantes tem de se preparar para um futuro em que os novos consumidores serão nativos digitais e mais socialmente conscientes, que irão construir uma relação com as marcas e vendedores de forma bastante diferente daquela das gerações anteriores.