Ellen Joncheere (Imagem: Natural Diamond World)
A sua organização e o Antwerp World Diamond Council (AWDC), criadas pelas autoridades belgas, garantem a legalidade e a transparência de todos os processos da indústria que passam por Antuérpia, e que representam 86 por cento do negócio mundial dessas pedras preciosas.
Joncheere está há quase três anos na HRD Antwerp e tem um vasto currículo de experiência em sete outras empresas e organizações internacionais. Esteve presente na FACETS2022 e falou com a Natural Diamond World sobre a conferência e a edição deste ano dos prémios que a HRD promove.
Natural Diamond World (NDW): Que significado tem o FACETS2022 para si?
Ellen Joncheere: É uma iniciativa muito interessante, porque há muitas que giram em torno do tema da sustentabilidade, mas sem muito de concreto. Aqui reunimos a indústria em Antuérpia, a capital mundial do diamante, e toda a cadeia de valor está presente. Não apenas alguns sectores. Desde os mineradores, ao que faço aqui e que está relacionado com a transparência a ter para com os consumidores finais.
NDW: Que relevância tem esse facto para a HRD Antwerp?
Ellen Joncheere: Bastante, pois já tínhamos uma certificação de diamantes muito sólida e agora vamos lançar um outro certificado que vai ainda mais longe pela transparência. Aí mencionamos não só a origem e toda informação de cada pedra, como a pegada de carbono que lhe está associada, o que é uma novidade em todo o mundo, usando uma blockchain. Isso permitirá uma maior transparência em todo o processo e torna-o acessível globalmente. É uma ferramenta poderosa que trabalha a nosso favor e que permite dizer às pessoas qual é o valor dos seus diamantes. Não numa quantia específica, mas em termos de características e qualidade.
NDW: Incluindo o dos produzidos em laboratório?
Ellen Joncheere: Depende. Se for usada energia fóssil na produção de diamantes sintéticos, ou se for utilizada uma fonte renovável, isso determina o impacte que têm no meio ambiente e na sustentabilidade da sua utilização.
Na minha opinião, há mercado para ambos os tipos de diamantes. Visualmente, naturais e sintéticos são idênticos, mas os jovens parecem ter mais interesse pelos últimos.
NDW: Pode falar-nos do Prémio de Design do HRD Antwerp?
Ellen Joncheere: Estamos a organizar a 18ª edição este ano. Já temos mais de um milhar de participantes, sobretudo jovens designers que podem concorrer com os seus designs até 15 de Outubro. A partir daí os projectos de todas as três categorias deste ano serão examinados pelo nosso júri internacional: desenho de joalharia com diamantes, joalharia de pedras, gemas e pérolas coloridas e, a terceira, uma novidade, acessórios.
Os projectos vencedores vão ser produzidos e apresentados, com os seus autores, dia 22 de Janeiro próximo na Vicenzaoro que, com a CIBJO, apoiam este concurso.
Outra coisa que fizemos foi lançar uma comunidade para dar voz aos jovens criadores. Estamos a falar de um sector muito competitivo, em que é muito difícil afirmarem-se. Nessa comunidade vamos pô-los em contacto com os produtores de jóias e, por exemplo, na próxima edição da Vicenzaoro, terão um espaço só para eles.
Também queremos proporcionar-lhes contacto com a indústria e formação com um novo curso de design de joalharia inteiramente digital, muito adequado à sua geração.
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