A primeira turma da EDDI, com Lorraine Schwartz e David Kellie. Imagem: NDC
A Emerging Designers Diamond Initiative (EDDI) é um dos projetos que têm vindo a abrir portas aos talentos negros, indígenas ou de cor (BIPOC), para que tenham as mesmas oportunidades e acessos na indústria de jóias com diamantes, tradicionalmente limitada e associada a famílias tradicionais de diamantários.
O programa, que teve o seu início em 2021, tem vindo a mudar para melhor a vida de vários joalheiros negros, indígenas ou de cor.
A ideia de dar visibilidade às marcas e às jóias desses designers partiu do Natural Diamond Council (NDC), entidade que promove os diamantes naturais e o impacte positivo que podem ter no mundo, e da renomada designer de alta joalharia Lorraine Schwartz.
Considerando que a indústria de diamantes pode ser um sector extremamente difícil para um designer emergente, porque é um negócio mais fechado e que passa de geração em geração, transmitido por familiares e amigos próximos, Lorraine tornou-se co-fundadora da iniciativa que apoia especialmente para pessoas de comunidades a quem tradicionalmente são concedidas menos oportunidades e pessoas que também fazem parte da sua carteira de clientes.
“O programa é mais uma oportunidade de retribuição às comunidades que me abraçaram e foram uma parte maravilhosa da minha jornada como designer nos últimos vinte anos”, salientou Schwartz.
A joalheira acrescentou que é “importante para si e para as gerações vindouras ajudar os designers promissores que pertencem à comunidade BIPOC a obter acesso a fornecedores de diamantes e financiamento de crédito, assim como oferecer ferramentas para expandir os seus negócios”.
Além de Lorraine Schwartz e de David Kellie, CEO do NDC, Jason Rembert, estilista, designer e fundador da marca Aliétte, e Rajni Jacques, chefe global das parcerias de moda e beleza do Snapchat, também fazem parte do comité de seleção dos designers em ascensão de cada ano.
O primeiro passo na indústria dos diamantes
Ao longo dos três anos de existência do programa, foram selecionados anualmente seis talentos e cada um recebeu vinte mil dólares para suprir os custos que tivessem na criação de uma coleção de jóias com diamantes, sem necessidade de alguma vez terem trabalhado com essa pedra preciosa nas suas coleções anteriores.
Um valor total de um milhão de dólares é ainda usado no apoio de vendas, de oportunidades de comércio a retalho, assim como de imprensa e para a formação dos designers relativamente aos diamantes.
Os participantes da EDDI trabalham em pares com mentores da indústria para terem um conhecimento mais aprofundado em tempo real.
Fazem ainda parcerias com diamantários para estabelecer uma linha de crédito de diamantes em seus nomes e escolherem pessoalmente as gemas que preferirem, tendo em conta as várias lapidações, formas e cores que possam ter.
Três turmas a brilhar na indústria
A união de forças entre o Natural Diamond Council e Lorraine Schwartz, nas palavras de Malyia McNaughton, da turma que inaugurou o projeto, no seu discurso num evento organizado pela Women’s Jewelry Association e pelo NDC, traduz-se numa oportunidade de encontrar o maior diamante fancy, com cor D, flawless e brilhante numa mina.
A alusão é feita considerando que a iniciativa descobre e revela ao mundo os diversos talentos em bruto da joalharia, que estão somente à espera de uma oportunidade para mostrar todo o seu potencial.
Como parte da iniciativa, todos os designers projetam e apresentam posteriormente as suas coleções de jóias com diamantes.
O grupo de participantes deste ano apresentou pela primeira vez as suas criações na mais recente edição do JCK Las Vegas, realizada em Junho, em que um dos grandes motes do evento assentava na “diversidade, equidade e inclusão”.
Pelo segundo ano consecutivo, a Black in Jewelry Coalition (BIJC) apresentou o BIJC Collective no evento, em que alguns joalheiros também fizeram parte da EDDI.
Joalheiros negros unidos
A Black in Jewelry Coalition surgiu no Verão de 2020, época considerada como o “despertar social” após os protestos que ocorreram nos Estados Unidos, precisamente para promover a diversidade e a inclusão na indústria de jóias.
Neste momento reúne um grupo de profissionais negros do mundo das pedras preciosas, jóias e relógios e é a primeira associação internacional sem fins lucrativos dedicada à inclusão e promoção desses profissionais.
Malyia McNaughton, atualmente tesoureira da BIJC, com a sua marca Made by Malyia, e Lisette Scott, fundadora da Jam + Rico e coordenadora dos eventos da associação, ambas do grupo de 2021 da Emerging Designers Diamond Initiative, marcaram presença na estreia do BIJC Collective no JCK Las Vegas, no ano passado.
Dorian Webb, com a sua marca homónima, também da turma de 2021, participou no pavilhão promovido pela Black in Jewelry Coalition na edição deste ano.
Fontes: Natural Diamond Council, Lorraine Schwartz, Malyia McNaughton, Black in Jewelry Coalition
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