Dubai lidera no sector dos diamantes

O Dubai é hoje visto como a capital mundial dos diamantes brutos e isso deve-se a uma política musculada de medidas essenciais para a indústria, aliadas a factores como a localização, o clima e a sua arrojada arquitectura urbana.

No início dos anos 2000 a cidade não parecia ter qualquer ligação aos diamantes, mas já nessa altura se preparava para os incluir entre os muitos serviços de luxo e de tecnologia de ponta que hoje a caracterizam.

Segundo o Gulf News, conseguiu mais em vinte anos que os seus rivais num século, apostando fortemente na tecnologia que assegura a qualidade dos diamantes e em conceitos como comunidade, colaboração e clima.

A Dubai Diamond Exchange surgiu em 2002 e tornou-se um sucesso nestas duas décadas, associada a organizações-chave que operam igualmente no âmbito do DMCC (Dubai Multi Commodities Centre), a zona de free trade da cidade. O comércio de diamantes brutos aumentou 52,5 por cento e no primeiro semestre deste ano, atingiu 19,8 mil milhões de dólares (aumento de 24,7 por cento em relação ao ano passado).

Além de conseguir ganhar o interesse e a confiança dos maiores centros e organizações mundiais ligados aos diamantes, estabelecendo protocolos significativos e assegurando a sua presença no DMCC, os Emirados Árabes Unidos introduziram uma política de IVA invertido ao comércio de ouro, metais preciosos e diamantes, que recai sobre os investidores e não sobre os vendedores. Essa medida é consensualmente reconhecida como decisiva para o papel que o Dubai hoje tem no sector dos diamantes.

A cidade também tem outros aspectos apelativos, como a segurança e a baixa taxa de criminalidade, a preocupação com a protecção ambiental e incentivos às comunidades tecnológicas, que a tornam numa capital de rápido ritmo de crescimento. Além disso, em Setembro de 2020, o DMCC baixou 50 por cento as suas taxas para todas as empresas ligadas aos diamantes.

A assinatura dos Abraham Accords, em 2020, também permite agora uma colaboração extensa entre os EAU e Israel, assegurada no Dubai por representantes da Bolsa de Diamantes israelita. A localização da cidade facilita o contacto com os principais países produtores de diamantes, como a Rússia e os do continente africano, bem como dos mercados a Oriente, como o da Índia.

Redação

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