imagem: https://www.mining.com/
A Rio Tinto iniciou em 2003 um dos seus maiores desafios na área de mineração com a mina Diavik, uma mina subártica no Canadá, que deu poucos problemas ao longo da sua história e pode ser considerada como um exemplo de exploração sustentável, apesar da sua localização e das condições meteorológicas adversas.
Poucos problemas, muitos desafios, larga rentabilidade
A mina Diavik localiza-se no Lac de Gras, Canadá, e a área começou a ser investigada em e analisada em 1992.
A construção dos meios necessários para iniciar a mineração começou em 2001 e a produção teve início em Janeiro de 2003.
Em 2006, a estrada que liga Yellowknife à mina de Diavik, e minas vizinhas, congelou. Isso fez com que a Rio Tinto, empresa responsável pela exploração da mina desde a sua descoberta, fosse incapaz de transportar todos os materiais necessários para a exploração durante o resto do ano. A empresa teve de transportar esses materiais por via aérea.
A 5 de Julho de 2007 a Rio Tinto anunciou que iria patrocinar estudos de impacte ambiental para a construção de um porto de águas profundas em Bathurst Inlet. Esses planos incluíam a construção de uma estrada de 211 km, com o objetivo de ligar o porto às suas minas. Esse porto teria capacidade para receber navios até 25,000 toneladas.
Em Março de 2010, iniciou-se a mineração subterrânea na mina. A transição da mineração a céu aberto para subterrânea foi concluída em Setembro de 2012. É também em Setembro de 2012 que a Diavik vê a construção do primeiro parque eólico de grande escala.
A instalação de quatro turbinas de 9,2 megawatts fornece 11% das necessidades anuais de energia da mina Diavik e opera com 98% de disponibilidade. As operações nesta mina causam à empresa uma despesa, por ano, de cerca de cinco milhões de litros de combustível diesel.
A Diavik é a maior instalação de energia híbrida a diesel eólica do mundo, sendo que esse parque, operacional até -40°C, estabeleceu uma nova referência no uso de energias renováveis em climas frios.
Em 2015, foi anunciado um investimento de 350 milhões de dólares americanos para financiar o desenvolvimento de um quarto tubo de kimberlito, conhecido como A21.
A construção desse tubo, sob as águas rasas do Lac de Gras, ficou concluído em 2018, com os primeiros diamantes a serem extraídos no outono desse ano.
Em Dezembro de 2015, a Rio Tinto anunciou a descoberta do diamante Diavik Foxfire, com um peso de 187,7 quilates, um dos maiores diamantes brutos de qualidade alguma vez extraídos no Canadá.
Em Outubro de 2018, um diamante amarelo de 552 quilates foi encontrado na mina, e continua até hoje como o maior diamante já encontrado na América do Norte.
Uma mina quase Ártica
A Diavik Diamond Mine é um complexo industrial situado numa paisagem remota e subártica. Consiste em quatro tubos de kimberlito que fazem a mineração sob o Lac de Gras. Fica a cerca de 220 km a Sul do Círculo Polar Ártico.
Esse complexo também abriga fábricas de processamento, caldeiras, tanques de combustível, instalações de processamento de água e esgoto, oficinas de manutenção, prédios administrativos e acomodações para trabalhadores. Está conectado as localidades a sul através de uma estrada de gelo e tem também acesso direto para o Aeroporto de Diavik, que tem uma pista de 5.234 pés e recebe regularmente aviões a jato Boeing 737.
Questões corporativas
A mina é de propriedade de uma joint venture entre o Grupo Rio Tinto (60%) e a Dominion Diamond Corporation (40%), e é operada pela Diavik Diamond Mines Inc., uma subsidiária do Grupo Rio Tinto com sede em YellowKnife. A mina tornou-se uma parte importante da economia regional, empregando cerca de 1000 pessoas e produzindo cerca de 7 milhões de quilates de diamantes anualmente.
No Canadá, a sustentabilidade é fundamentada
Quando a mina iniciou a sua atividade em 2003, estimava-se que tivesse uma duração de 16 a 22 anos. A Rio Tinto já conseguiu estender a vida útil da mina até 2027 e, embora as atividades de mineração se estendam por décadas, a empresa reconhece que são temporárias e que outras atividades e o uso da terra virão a seguir. A Rio Tinto não se limita a pregar por sustentabilidade, dá o exemplo. Para mitigar os impactes de uma mudança para um novo uso, estimulam os stakeholders, com antecedência e de forma transparente, a contribuir para o futuro da terra e das comunidades associadas à área de localização da mina. Equilibram as considerações ambientais e sociais, com os custos, e procuram oportunidades associadas ao fechamento progressivo, remediação e reaproveitamento e, quando apropriado, monitoramento e manutenção de longo prazo daquele terreno.
A empresa tem um programa interno de garantia, que dita auditorias de cinco em cinco anos, para verificar que o que têm planeado para quando a mina “secar” continua possível e praticável. Preocupam-se em ter um término da mina bem-sucedido, sempre considerando as expectativas da comunidade anfitriã.
A Rio Tinto tem trabalhado com a comunidade anfitriã, incluindo parceiros indígenas, na reabilitação, vegetação e monitoramento de longo prazo dessa terra.
A empresa tem contribuído significativamente para valorizar a área, bem como tratar da água e da biodiversidade do local onde atuam.
Estão, neste momento, a explorar opções para reaproveitar a área como base de fornecimento de energia renovável e, durante os próximos cinco anos, irão concluir o encerramento da mina e “deixar a terra como a encontraram” para o próximo uso.
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