Diamantes russos na mira das sanções do G7 em Maio

Em Maio, na reunião dos países do G7, em Hiroshima, no Japão, é possível que sejam impostas sanções aos diamantes da Alrosa, que representam cerca de 30% da produção mundial de diamantes, devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia.

spot_img

O encontro dos sete países, que inclui os Estados Unidos da América, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Japão, vai acontecer entre 19 e 21 de Maio.

De acordo com o presidente do Conselho de Promoção das Exportações de Gemas e Jóias (GJEPC), Vipul Shah, os diamantes a partir de um quilate serão sujeitos a restrições.

“Ouvimos de várias fontes que haverá novas sanções, e estas começarão com diamantes grandes”, afirmou Vipul Shah.

A Índia faz o polimento de cerca de 90% dos diamantes do mundo, incluindo os russos. Assim, estima-se que nove em cada dez diamantes no mundo são lapidados e polidos num centro em Surat.

Se forem impostas sanções, haverá incerteza sobre o emprego de quase três milhões de trabalhadores em Surat.

Os executivos da indústria estão em conversações com representantes do G7 e pedem-lhes que reconsiderem a decisão à luz da situação.

A Índia pode exportar livremente diamantes russos para os EUA e países do G7 se estes forem submetidos a um processamento substancial no país.

A Alrosa foi sancionada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália.

A União Europeia excluiu a empresa do pacote de restrições em Outubro, depois de a Bélgica ter protestado que temia perder “milhares de empregos” em resultado de “um golpe no sector diamantífero russo”.

Antuérpia, na Bélgica, é o lar de um dos maiores centros de comércio diamantífero do mundo.

O Primeiro Ministro belga, Alexander de Kroo, observou que as sanções apenas iriam redirecionar as exportações russas para outros países.

Para impor restrições à Rússia, representantes do G7 e da União Europeia estão a discutir a criação de um sistema global de localização de diamantes.

Como resultado, várias empresas de joalharia estrangeiras, tais como a norte-americana Tiffany & Co e a Signet Jewelers, recusaram-se a comprar pedras russas. Ao mesmo tempo, o fornecimento de diamantes à Índia aumentou.

A Índia pode exportar livremente pedras brutas originárias da Rússia para os EUA e outros países do G7, desde que estas tenham sido substancialmente alteradas. Após a transformação, o código do sistema utilizado, de seis dígitos, para identificar os diamantes no comércio transfronteiriço é também alterado.

O G7 comprometeu-se, em Fevereiro, a “trabalhar colectivamente em novas medidas sobre os diamantes russos, incluindo os brutos e polidos, dadas as receitas significativas que a Rússia extrai da exportação [de pedras preciosas]”.

Fontes: ukrinform.net, mind.ua, azerbaycan24.com, newsunrolled.com, au.topnews.media e Rough & Polished

spot_img

EDITORIAL

MAIS POPULARES