Hope, um dos diamantes azuis mais conhecidos
Os diamantes formam-se a partir de camadas a 150 km de profundidade, mas podem vir de camadas mais fundas, a 300 ou até 800 km da superfície. A informação que contêm permite aos investigadores saber mais sobre as camadas existentes entre a crosta terrestre e o núcleo do nosso planeta.
Assim o confirma um estudo liderado pelo professor Evan Smith, do GIA, Instituto Gemológico Norte-Americano, em colaboração com outros 50 cientistas. Depois de formados, os diamantes têm capacidade para guardar e proteger qualquer mineral contido na sua estrutura. Os mais cristalinos, sem impurezas, são os mais apreciados. Mas os que têm materiais que não são só da estrutura do diamante, são os que contêm informação útil aos cientistas.
Como material de pesquisa, os diamantes são extremamente dispendiosos e, um pouco por isso, a descoberta de que contêm mais do que beleza e valor deu-se em 2018, com o estudo do geólogo Evan Smith. Entre eles, os diamantes azuis, originários de profundidades quatro vezes superiores à normal, têm um interesse excepcional.
Os cientistas já conseguiram estudar cerca de cinco dezenas de diamantes azuis e concluir que se formaram entre camadas a 410 e 660 km de profundidade. E consideram-nos cápsulas do tempo, uma vez que trazem informações quase impossíveis de encontrar de outra forma.
George Harlow, geólogo responsável pelas Salas de Gemas e Minerais do Museu Norte-Americano de História Natural de Nova York, compara-os às sondas espaciais. Segundo disse à BBC, “alguns chegam à superfície da Terra e podemos estudá-los”.
Ainda de acordo com o professor Evan Smith, os diamantes azuis com uma tonalidade acinzentada têm, na sua maioria, partículas de boro, o que revela uma origem geológica surpreendente. Embora fácil de encontrar à superfície, o boro não se encontra a grandes profundidades. A sua presença nos diamantes azuis indica a possibilidade de ter sido transportado por deslocações da água dos oceanos até às camadas mais profundas onde se formam aquelas pedras preciosas.
O diamante Hope (na imagem; foto da Wikipédia), assim conhecido graças a Henry Philip Hope, que o adquiriu em 1824, originário da mina indiana de Kollur, é um desses diamantes. Teve um percurso atribulado, possivelmente roubado de um templo dedicado à deusa Sita e posteriormente vendido à coroa francesa.
Desaparecido durante muito tempo, esteve na posse de um comerciante inglês de Londres e foi vendido a Henry Phillip Hope em 1824. Harry Winston adquiriu-o em 1949 e doou-o ao Smithsonian em 1958.
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