Na Israel Diamond Conference, que aconteceu ontem, em Ramat Gan, Bruce Cleaver comentou sobre a parceria que a De Beers possui com o governo do Botsuana e sobre os acordos que têm vindo a ser renegociados.
Mais recentemente, um dos acordos, o de vendas, foi bastante criticado pelo presidente Mokgweetsi Masisi, que exige uma maior percentagem comercial dos seus diamantes.
Cleaver reconheceu que a parceria que a De Beers tem com o Botsuana é “a maior parceria pública-privada que existe” e que é algo de que tanto o governo quanto a empresa têm orgulho.
“Muitas vezes, nesses 53 anos [de parceria], vários dos nossos contratos foram renegociados, e é o que estamos a fazer agora em dois contratos. O primeiro é o acordo de vendas, e o segundo é o da extensão das licenças de mineração. Nunca aconteceu que esses dois tenham coincidido e precisado de renegociação ao mesmo tempo”, explicou Bruce Cleaver.
Houve um atraso com o acordo de vendas, que irá expirar em Junho deste ano, e com o acordo de extensão das licenças devido à pandemia, que dificultou as renegociações presenciais pela De Beers e pelo governo.
“Cada vez que realizamos uma dessas negociações, elas demoram um pouco mais do que gostaríamos”, acrescentou.
O co-presidente da empresa diamantífera realçou ainda: “O trabalho que fazemos em todo o Botsuana para capacitar jovens empreendedores e para ajudar mulheres e meninas nas questões de STEM, e de proteção do mundo natural faz parte da nossa principal estratégia de sustentabilidade, da qual nos orgulhamos muito.”
Cleaver afirmou que o presidente Masisi também declarou que gostaria que o resultado fosse uma vitória para ambas as partes e que “querem estar em países onde as pessoas gostariam que estivessem e que querem fazer acordos com eles que sejam adequados para ambos os lados”.
Natural Diamond World Magazine @ IDWI 2023, Ramat Gan
