De Beers desmente notícia de jornal botsuano

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A De Beers exerceu o seu direito de resposta, através de um comunicado, relativamente à notícia de um jornal do Botsuana, o The Sunday Standard, que dizia que a empresa teria violado as sanções contra os diamantes russos.

De acordo com a notícia, que é fruto da investigação da revista de luxo Glitz Paris, a De Beers comprou diamantes da Alrosa em 2022 através de uma empresa Israelita, a Dalumi Group.

A Dalumi, que é desde 1993 uma sightholder da De Beers, também negou estas acusações.

“O Grupo Dalumi deixou de comprar diamantes russos da Alrosa em 22 de Fevereiro de 2022”, declarou o diretor administrativo da Dalumi, Rafi Yerushalmi.

A De Beers negou o artigo, e classificou-o como “prejudicial” e “sem fundamento”.

“Sejamos claros, esta alegação não é verdadeira”, comunicou a de Beers.

O jornal do Botsuana publicou o artigo, fruto da investigação do periódico francês, na primeira página a 28 de Maio com o título “Escândalo de violação de sanções da De Beers atrapalha as conversações no Botsuana”.

Este título refere-se às negociações com o Governo, onde o executivo exige uma percentagem maior dos diamantes da Debswana.

Segundo o jornal, a De Beers vendeu diamantes russos, apesar das sanções impostas aos mesmos, particularmente através da marca de consumo Forevermark, que efetuou “pelo menos 120 transações de diamantes russos com clientes, em que as pedras se destinavam ao mercado dos EUA”.

Estas pedras, segundo o artigo, variavam entre 0,19 e 0,27 quilates, tinham uma pureza VS1 e estavam avaliadas entre 227 000 e 366 000 dólares norte-americanos.

Desta forma, devido à parceria comercial, o Botsuana receia ficar com a sua reputação manchada.

Como defesa, a De Beers esclareceu que apenas adquire diamantes descobertos no Botsuana, Canadá, Namíbia e África do Sul, ou de empresas selecionadas que aderem à sua política de abastecimento rigorosa e auditada por terceiros.

“Após o início da guerra, retirámos a Rússia da nossa lista de fornecedores terceiros. Não adquirimos diamantes russos”, informou o grupo.

O jornal não deu direito de resposta, mas não é a primeira vez que a empresa desmente notícias do mesmo.

Em Novembro de 2022 desmentiu um artigo que dizia que o Governo do Botsuana poderia “abandonar” a empresa mineira.

Fontes: Rapaport e Rough & Polished

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