De Beers continua a apostar nas fábricas africanas

Uma grande quantidade de diamantes da De Beers será transportada para fabricantes da África do Sul, do Botsuana e da Namíbia, países onde possui minas, no próximo ano, declararam algumas sightholders ao Rapaport.

Uma relevante mudança nos países destino de mercadorias que iriam para fabricantes internacionais, que não produzem esses diamantes, principalmente para a Índia.

No entanto, a iniciativa faz parte dos objetivos da De Beers para impulsionar e ajudar as indústrias locais de diamantes dos países produtores e as pessoas diretamente envolvidas com diamantes, conhecida por beneficiation.

Um representante da gigante diamantífera comentou: “a beneficiation continua a ter um papel cada vez mais importante na nossa abordagem e continuamos a ter como prioridade o fornecimento de diamantes para serem lapidados e polidos nos países produtores.”

As fábricas no Botsuana, quarenta são dedicadas às lapidações, irão receber diamantes brutos mais pequenos. Trabalhavam essencialmente com pedras de 2 quilates e superiores, mas agora passarão a lapidar também as de 1 a 2 quilates, com a ajuda da De Beers.

Uma sightholder afirmou que a empresa “terá vendido aproximadamente 1 milhar de milhão de dólares americanos este ano [para fábricas localizadas em nações produtoras]”. Estimou ainda que para o próximo ano venderá mais 20%.  

No entanto, a De Beers está a antecipar uma queda na produção no próximo ano entre 30 milhões e 33 milhões de quilates, ou seja, um pouco abaixo dos cerca de 34 milhões de quilates deste ano.

“O menor volume de produção inevitavelmente terá algum impacte na disponibilidade geral de diamantes brutos no próximo ano”, referiu um representante da De Beers.

Outros futuros planos de produção também já foram anunciados, havendo a previsão de uma diminuição para valores entre os 29 milhões e 32 milhões de quilates, em 2024, em vez da sua estimativa inicial de 30 milhões a 33 milhões de quilates. Já a produção para 2025 estará num intervalo de 32 a 35 milhões de quilates.

A transição que está a ocorrer na mina Venetia, de mina a céu aberto para subterrânea, afetou a produção da empresa, com o aumento da produção total da mina, na África do Sul, a levar mais tempo do que o esperado.

Redação

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