De Beers confiante em renovação de parceria com o Botsuana

O presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, revelou recentemente que estava a considerar abandonar as negociações sobre um acordo de vendas de diamantes e direitos de mineração no país por parte da De Beers caso não receba uma parcela maior das receitas.

Um funcionário da mineradora disse ontem à Reuters que “algumas das negociações para chegar a novos termos [têm sido] complexas”.

Todavia, a vice-presidente de assuntos corporativos da De Beers, Otsile Mabeo, afirmou que a empresa estava “confiante de que a [sua] parceria de sucesso irá continuar” e que “o acordo deve fazer sentido a nível económico e estratégico para ambas as partes”.

A De Beers está em negociações com o governo do Botsuana relativamente ao acordo de vendas de diamantes de 2011, que após ter sido prorrogado várias vezes termina em Junho deste ano, assim como para estender os seus direitos de mineração que terminam em 2029.

“É importante frisar que as nossas negociações abrangem mais do que apenas o acordo de vendas. Incluem também os futuros direitos de mineração para a Debswana, que são mais complexos e requerem mais tempo para chegar aos mais ínfimos detalhes”, acrescentou Otsile Mabeo.

O acordo atual estabelece que a Debswana, uma joint venture de 54 anos entre o governo do Botsuana e a De Beers, tem de fornecer 75% da sua produção para a De Beers, enquanto 25% está reservado para a estatal Okavango Diamond Company.

No ano passado as vendas de diamantes da joint venture atingiram o valor recorde de 4,588 mil milhões de dólares americanos, quando em 2021 tinha-se verificado uma receita na ordem dos 3,466 mil milhões de dólares.

As vendas de diamantes têm um papel fundamental na economia do país, uma vez que representam dois terços das receitas em moeda estrangeira do Botsuana e contribuem para um quinto do seu produto interno bruto.

A Reuters informou que os representantes do governo não se mostraram imediatamente disponíveis para comentar as declarações feitas pela De Beers, mas que Lefoko Moagi, ministro de minas do país, disse no início deste mês que esperava que se chegasse a um acordo antes de Junho.

Fonte: Reuters

Redação

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