Como é que o aumento da eficiência pode ajudar na descarbonização?

Empresa finlandesa Rocsole propõe às empresas a descarbonização através da eficiência energética e do planeamento organizacional. Segundo a Resource Watch, a produção de energia gera 42% dos efeitos de estufa.

A crescente sensibilização da sociedade face ao impacto do carbono e outros gases no efeito de estufa, e as alterações climáticas e no meio ambiente que estes causam, tem levado a transformações em todos os setores. Enquanto as empresas fazem mudanças que lhes permitam ser mais amigas do ambiente, os consumidores procuram produtos com a palavra ‘verde’ no rótulo.

Para Mika Tienhaara, diretor-executivo da finlandesa Rocsole, o caminho passa pela cleantech, ou ‘tecnologia limpa’, que visa a redução do impacto ambiental através da melhoria de processos operacionais, no sentido de aumentar a eficiência energética, fazer uma utilização sustentável dos recursos, ou desenvolver atividades que protejam o meio ambiente.

“Estudos demonstram que o aumento da eficiência também reduz a pegada de carbono. (…) Não pensem apenas em gerar dados. Olhem para o que é crítico na resolução de problemas, na superação de obstáculos, façam a ligação dos dados recolhidos com programas de computador que trabalhem os dados, inteligência artificial e machine learning”, apela Tienhaara, em entrevista à Mining Weekly.

Tienhaara lembra ainda que 34% dos gases responsáveis pelo efeito de estufa são gerados na produção de energia, e que a eficiência energética “é a chave” para a descarbonização.

O discernimento sobre os processos que decorrem ao longo da cadeia de produção, na opinião do presidente da Rocsole, também é fulcral na redução das emissões. “Por diversas vezes, nos processos, quando olhamos para os dados que resultam dos relatórios, é um dos aspetos mais críticos a melhorar, porque demasiadas paralisações inesperadas acontecem devido à má perceção sobre os processos. E quando tens quebras inesperadas nos processos, mais emissões são feitas”, considera Mika Tienhaara.

Veja a entrevista aqui:

Redação

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