De forma a criar uma “rastreabilidade de ponta a ponta” para todos os seus produtos, a marca suíça anunciou que irá usar somente diamantes criados em laboratório e ouro extraído de forma artesanal, nos seus relógios nos próximos anos.
Os diamantes serão produzidos pela Fenix Diamonds, na Índia, e credenciados pela SCS Global Services. A marca informou também que irá contribuir para um fundo social que apoia comunidades que produzem diamantes, por cada quilate comprado.
Juntamente com este anúncio, a Breitling lançou o seu primeiro relógio com ouro artesanal e diamantes criados em laboratório, o Super Chronomat Automatic 38 Origins.
Toda a cadeia de custódia do relógio foi rastreada e registada num NFT (Non-Fungible Token), isto é, um código informático em que o seu dono tem direito sobre algo único, apoiado na tecnologia blockchain.
A marca explicou que “até agora, havia limites sobre até onde se poderia rastrear materiais preciosos. Mesmo seguindo as melhores práticas da indústria, rastrear o ouro e os pequenos diamantes (melee) usados na relojoaria até às suas origens era quase impossível. Normalmente, essas matérias-primas tendem a ser combinadas por muitas fontes diferentes, o que significa que a sua proveniência literalmente se perde na mistura”.
A decisão de fazer esta transição para o uso exclusivo de diamantes criados em laboratório surgiu devido às crescentes preocupações dos compradores sobre as origens dos diamantes: “Os consumidores estão a refletir cada vez mais sobre os produtos que compram e o que eles contêm. Queremos dar-lhes essas respostas honesta e antecipadamente”, afirmou Georges Kern, o CEO da Breitling.