Botsuana e De Beers em desacordo

O presidente do país, Mokgweetsi Masisi, confirmou que irá recuar com a parceria que tem com a gigante diamantífera caso não se chegue a um acordo relativamente às vendas de diamantes.

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O presidente alertou que o Botsuana poderá desfazer a parceria com a De Beers se as negociações para renegociar um acordo de vendas se mostrarem desfavoráveis ​​para o seu país.

Num comício do Partido Democrático do Botsuana (BDP), que ocorreu no Domingo, na sua cidade natal de Moshupa, a cerca de 65 km da capital Gaborone, Mokgweetsi Masisi declarou: “Se não chegarmos a uma situação de vantagem para ambos, cada lado terá de arrumar as suas coisas e ir para casa.”

O acordo que definiu os termos de comercialização dos diamantes produzidos pela Debswana (uma joint venture entre o governo e a De Beers) foi realizado em 2011, mas terminou em 2021.

Desde então foi prorrogado por ambas as partes, que afirmaram que a pandemia foi o grande motivo do atraso na conclusão das negociações.

A mais recente extensão do acordo para a venda da produção de diamantes da Debswana está prevista terminar a 30 de Junho deste ano.

Masisi citou que foi assinado um “acordo de exploração, uma vez que o país recebeu menos do que aquilo que deveria ter recebido”.

Ficou acordado que a De Beers receberia 90% dos diamantes brutos produzidos e o país produtor receberia 10%. Em 2020 essa percentagem aumentou para 25%.

“Tivemos um vislumbre de como funciona o mercado de diamantes e descobrimos que recebemos menos do que deveríamos”, observou Masisi.

O presidente acrescentou ainda: “Também descobrimos que os nossos diamantes estão a dar muito lucro e que o acordo não nos tinha sido favorável. Queremos uma quota maior dos nossos diamantes. O negócio não pode continuar como antes.”

Fonte: Africa News

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